Governo prepara corte no transporte não urgente de doentes
Ontem às 17:34

Orçamento de Estado tira 12 milhões de euros
O Governo vai cortar no chamado transporte não urgente de doentes, que permite a alguns utentes serem levados de ambulância para consultas, tratamentos e altas para o domicílio. O Orçamento do Estado (OE) para 2026 prevê menos 12 milhões de euros em 2026 para este serviço. Segundo o Governo, "os últimos anos foram marcados por um aumento relevante da despesa" com este transporte: entre 2014 e 2024, a "despesa cresceu cerca de 119%", isto é, passou de "97,1 milhões de euros para 212,4 milhões de euros".O corte, segundo o documento, irá ser ainda maior nos próximos anos. Está previsto uma redução de 34,8 milhões de euros em 2027 e de 46 milhões de euros em 2028.
"As medidas de política a implementar a partir de 2026 atuam com vista à melhoria da eficiência, transparência e qualidade na gestão do transporte não urgente de doentes, através da integração de incentivos à redução da despesa, reforço da monitorização, revisão dos modelos de contratação e desenvolvimento de sistemas de informação", refere o Executivo no OE.
Este transporte não urgente é um serviço e que se disponibiliza ambulâncias de forma gratuita, para levar o doente a consultas e tratamentos ou de regresso ao domicílio depois da alta da urgência ou do internamento. Este serviço destina-se a alguns utentes com Insuficiência económica e a determinados doentes, os que têm incapacidade igual ou superior a 60% ou uma condição clínica incapacitante, como por exemplo, sequelas motoras de doenças vasculares, insuficiência cardíaca e respiratória grave, perturbações visuais graves, doenças do foro ortopédico, queimaduras, gravidez de risco, entre muitas outras.
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