Luís Oliveira, comandante dos Bombeiros Voluntários de Odemira (BVO), não poupa nas críticas ao Governo, a propósito da decisão de aumentar em 25% o valor pago aos operacionais envolvidos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2025.
Nas redes sociais, comentando a resolução do conselho de ministros da passada quinta-feira sobre a dilatação de verbas aos bombeiros que combateram os grandes incêndios, Oliveira responde "não muito obrigado".
O comandante dos BVO não poupa nas palavras e diz o que o Executivo está a fazer é dar "esmolas" em vez de valorizar a classe, recordando à ministra da Administração Interna que "enquanto uns foram combater os incêndios para o Centro e Norte, outros ficaram a garantir o socorro e a combater incêndios nas suas áreas de atuação, integrados no mesmo dispositivo daqueles que foram". Mas Luís Oliveira acusa o Governo de, ao promover esta deliberação, ter "descaradamente" uma intenção de "dividir para reinar".
O operacional lembra ainda a Maria Lúcia Amaral que "ser bombeiro não é só combater incêndios. Não há só bombeiros no verão. Os bombeiros não precisam só de comer durante os incêndios".
Sobre o "aumento", Luís Oliveira é conciso e assegura que se vai recusar a receber, garantindo que tal vai acontecer se não forem contemplados "todos os que integraram o DECIR nesse período".
Entre os comentários publicados em apoio à decisão de Luís Oliveira, surgem Claúdio Percheiro e antigos presidentes da Câmara de Odemira, o primeiro eleito pela CDU e o segundo pelo PS.
JN
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