Pelo menos três dos 71 meios aéreos que o Estado contratualizou para a presente época de combate a fogos (ainda faltam entrar ao serviço os últimos 5 meios aéreos) estão a ser usados para transportar as respetivas tripulações para casa. A situação, justificou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), "visa responder ao risco acrescido de incêndio rural no Sul do país, e mitigar a ausência de 4 helicópteros destinados ao Alentejo, e que ainda estão por contratar".
As aeronaves em causa estão estacionadas nos centros de meios aéreos de São Brás de Alportel (distrito de Faro) e Ferreira do Zêzere (distrito de Santarém). Do primeiro centro sai "temporariamente, dentro de um dia operacional, em resposta a necessidade operacionais conjunturais", um helicóptero pesado para Ourique. Do segundo, saem com a mesma frequência, determinada pela ANEPC, um helicóptero ligeiro para Alcaria, e outro para Portalegre".
No final de cada dia, estes helicópteros regressam às bases. E, por não estar previsto no contrato com o Estado qualquer meio de transporte alternativo terrestre para fazer voltar as tripulações, as mesmas voltam no interior da aeronave.
Fonte oficial da ANEPC disse ao CM que "o regresso da aeronave aos centros de meios aéreos é obrigatório, para que estejam asseguradas as condições necessárias para a operação e manutenção". "As horas de voo associadas a este pré-posicionamento, bem como as usadas no combate aos fogos, são contabilizadas e fazem parte de um plafond de horas contratualizado, do qual são apenas pagas as horas registadas/voadas", concluiu.
O CM questionou também a Força Aérea sobre esta situação, mas não obteve resposta em tempo útil.
Correio da Manhã
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