Marco Martins, ex-autarca de Gondomar, toma posse na chefia da corporação dos bombeiros de Areosa-Rio Tinto este domingo, numa cerimónia marcada para as 10 horas. Não terá qualquer vencimento pelo cargo.
Um presidente de uma Câmara Municipal, no caso de Gondomar, passar a comandante dos bombeiros de uma corporação (Areosa-Rio Tinto), é invulgar. Mas para Marco Martins, que leva 32 anos como bombeiro, é encarado com naturalidade e sem preconceitos. “Será um gosto e um orgulho”, responde o ex-autarca, que lidera a empresa Transportes Metropolitanos do Porto (TMP) e não auferirá qualquer vencimento na corporação.
Promete continuar a ter tempo para tudo. Areosa-Rio Tinto ficou sem comandante em 2023, por demissão do responsável na altura, e o convite endereçado a Marco Martins chegou no início de 2024. Aí impôs duas premissas: “Só desempenhar o cargo após deixar a presidência da autarquia e não receber dinheiro pelo comando”.
Reunidas as condições, e também por ser “o mais graduado da corporação”, aceitou o desafio e a responsabilidade. Foi fazendo cursos de formação. O epílogo, e em simultâneo o começo de uma nova etapa, acontecerá este domingo, na cerimónia de tomada de posse.
Recrutas e novo veículo
A carreira fala por si, sempre em contínuo: leva 12 anos como bombeiro na corporação de Pedrouços e mais 20 em Areosa-Rio Tinto. Tudo isto conjugado com outras funções, nomeadamente ao mais alto nível na Proteção Civil. Na cerimónia, as atenções estarão centradas no comandante, mas também na dezena de operacionais que terminam a recruta e passam a ser efetivos reforços. O dia servirá, igualmente, para apresentar um novo veículo de combate a incêndios urbanos.
O objetivo é captar mais operacionais. Por isso, Marco Martins apostará na promoção, designadamente junto das escolas. O comandante faz ainda notar a abrangência de Areosa-Rio Tinto: “Tirando os concelhos do Porto e de Gaia, que têm Sapadores, é a corporação que serve mais população no Norte (80 mil pessoas)”. Por último, diga-se que apesar de passar a ter funções administrativas, não deixará de ir para o terreno. “É certo que não irei com tanta frequência, mas em situações críticas lá estarei”, garante.
JN
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