A época de maior risco de fogos florestais vai arrancar, na terça-feira, no Grande Porto, com menos equipas do que as planeadas, devido a dificuldades em contratar bombeiros.
“Relativamente às equipas em permanência não foi possível cumprir o plano devido à escassez de meios humanos”, assumiu o presidente do Conselho Metropolitano do Porto (CMP), Jorge Vultos Sequeira.
Na reunião desta sexta-feira do CMP, foi apresentado o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, com maior enfoque para o período mais crítico, que decorre entre o próximo dia 1 e 30 de setembro (Nível Delta).
“Temos os meios aéreos planeados”, garantiu Jorge Vultos Sequeira. Segundo o comandante Albano Teixeira, da Autoridade Nacional de Proteção Civil, trata-se de dois helicópteros que estão estacionados em Vale de Cambra e Baltar (Paredes).
O problema colocou-se ao nível da constituição das equipas de permanência. Serão 65, constituídas por um total de 637 operacionais, distribuídos por cinco locais considerados estratégicos: Paredes, Lomba (Gondomar), Canedo (Santa Maria da Feira), Vale de Cambra e Arouca.
No ano passado, os 808 fogos florestais registados no Grande Porto foram combatidos por 116 equipas, com um total de 1.358 operacionais, auxiliados por 401 veículos.
“Há um problema de recursos humanos, de contratação de pessoas para as equipas. Temos os meios aéreos planeados. Relativamente às equipas, não foi possível cumprir o planeado. Mas foram tomadas medidas para mitigar essa escassez de meios humanos”, referiu Jorge Vultos Sequeira, no final da reunião do CMP.
Uma dessas medidas, segundo o comandante Albano Teixeira foi a constituição de turnos de 12 horas ao fim de semana e a fixação de 35 freguesias (de nove concelhos) como sendo de intervenção prioritária. “Para 2025, o grande objetivo é haver zero mortes”, afirmou.
JN
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