Liga de Bombeiros Anseia pelo Fim dos Comandos Sub-regionais de Proteção Civil - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 13 de maio de 2025

Liga de Bombeiros Anseia pelo Fim dos Comandos Sub-regionais de Proteção Civil

 


O presidente da Liga dos Bombeiros de Portugal, António Nunes, apoiou esta terça-feira a hipótese de acabar com os comandos sub-regionais de proteção civil, à margem da apresentação das Jornadas Nacionais de Bombeiros, que decorrerão, em Guimarães, de 23 a 25 de maio.


Durante as jornadas vão acontecer demonstrações, exposições, concertos, desfiles apeados e motorizados, uma reunião do Conselho Nacional da Liga e uma sessão solene, em que serão entregues condecorações. O Município, que recebe a primeira edição do evento neste formato, mostrou-se disponível, pela voz da vereadora Sofia Ferreira, para “trabalhar no sentido de vir a acolher um museu nacional de bombeiros". Os operacionais admitem que as chuvas tardias podem aumentar a matéria vegetal disponível para arder este verão.


O presidente da Liga de Bombeiros afirmou hoje que “não podia estar mais de acordo” com a revisão da estrutura da Proteção Civil. Desde janeiro de 2023, os 18 comandos de operações e socorro (CDOS) distritais acabaram e foram substituídos por 24 comandos de emergência e proteção civil, ao nível das sub-regiões. Isto fez com que os bombeiros passassem a estar organizados de uma forma distinta da GNR e da PSP, que também são agentes da Proteção Civil. “Não vemos razão nenhuma para não estarmos organizados da nossa forma natural, em municípios e distritos. As forças de segurança continuam a ter uma estrutura deste tipo. Só os bombeiros é que foram obrigados pelo Estado a responder a comandos sub-regionais”, lamentou António Nunes.


Os bombeiros passam, a partir deste ano, a celebrar a sua atividade, não apenas com um dia, mas com umas jornadas. O programa arranca no dia 23, às 15 horas, com o acendimento da pira das jornadas, no largo do Toural, no centro da Cidade Berço, e com a inauguração de uma exposição de fotografia e de adereços que retrata a atividade dos bombeiros nos últimos 50 anos, desde o 25 de abril. No dia 24, às 10 horas, o Campo de São Mamede, em frente ao castelo de Guimarães, vai servir de palco a demonstrações de atividades e equipamentos. Durante a tarde de sábado, pelas ruas da cidade, vai decorrer o desfile de Homens e viaturas e a sessão solene, em que serão homenageados bombeiros, empresas e comunidades, nomeadamente todas as federações distritais de bombeiros. Neste dia, decorre também a reunião do Conselho Nacional da Liga de Bombeiros de Portugal.


Nos Paços do Concelho, serão expostas miniaturas de viaturas de bombeiros, provenientes de coleções particulares de todo o país. “Infelizmente, esta é, por vezes, a única forma que temos de preservar um património importante, já que os sucessivos governos não têm criado um museu nacional do bombeiro”, afirmou o presidente da Liga. Sofia Ferreira, vereadora da Câmara de Guimarães com o pelouro da Proteção Civil, mostrou-se disponível “para trabalhar no sentido de trazer para Guimarães este museu”.


Alerta para fenómenos extremos


A propósito do período crítico de incêndios florestais,  que começa a 1 de julho e se prolonga até ao final de setembro, o comandante dos Bombeiros de Guimarães, Luís Andrade, admite que “este ano, em virtude das chuvas se estarem a prolongar até muito tarde, pode haver mais matéria vegetal, principalmente vegetação fina, que é a que faz com que o fogo se propague mais rapidamente”.


Luís Andrade insiste na importância “dos proprietários cumprirem a sua parte fazendo a limpeza dos terrenos”.  Contudo, este comandante alerta “principalmente” para os fenómenos extremos e incertos. “Tivemos, há poucos dias, uma chuva muito intensa, em poucos minutos, que provocou inundações, numa época do ano em que já não seria de esperar”, apontou.


JN

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