Antes de prosseguir, deixem avisar que se não aceitam uma boa dose de humor, então é melhor fechar já este artigo e seguir com a sua vida, em caso contrário pode continuar.
O EPI do Bombeiro: Uma Segunda Pele (que cheira a fumo e mistério)
Ah, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) do bombeiro! Não é apenas um conjunto de peças de vestuário; é uma armadura mística, um portal para outra dimensão onde o suor é o perfume oficial e o cheiro a fumo é a fragrância "Eau de Danger". Dizem que é para proteger, mas desconfio que o seu propósito principal é testar os limites da paciência humana e da capacidade de transpiração.
Comecemos pelo casaco e calças. São mais do que tecido. São um emaranhado de camadas, retardadores de chama, membranas impermeáveis e bolsos que parecem ter sido desenhados por um feiticeiro que adora guardar chaves de fendas, doces e talvez um unicórnio em miniatura. Vestir este conjunto é uma arte. É como lutar contra um polvo de nylon que tenta abraçá-lo com força enquanto o sufoca lentamente. E depois de uma hora de trabalho, a sensação é de estar a ser cozinhado a vapor dentro do seu próprio sumo. As etiquetas dizem "respirável", mas tenho sérias dúvidas se os designers alguma vez o vestiram para apagar um incêndio... ou mesmo para ir buscar o pão.
A balaclava/cógula e o capacete.
A balaclava, essa peça de tecido que envolve a cabeça, é perfeita para garantir que, mesmo depois de 100 banhos, o cheiro a fumo do último incidente se mantenha fielmente nos seus poros.
E o capacete... ah, o capacete! Essa obra-prima da ergonomia que, curiosamente, foi projetada para encaixar perfeitamente em qualquer cabeça, desde que essa cabeça tenha o formato de uma melancia ligeiramente achatada. Com a viseira para baixo, a visão é tão boa quanto tentar ver através de uma sopa de ervilhas num dia de nevoeiro cerrado. Mas quem precisa de visão periférica quando se tem o instinto de sobrevivência e a promessa de uma sanduíche de queijo lá no quartel?
E as luvas! São tão grossas que manipular um lápis é um desafio olímpico. Imagina tentar apertar um parafuso ou pegar num telemóvel para tirar uma selfie heroica. Impossível! No entanto, são excelentes para dar palmadas nas costas dos colegas e para simular garras de urso quando se tenta abrir uma porta emperrada.
As botas. Fortes, resistentes e com o peso de uma pequena bigorna em cada pé. Ideais para correr... se por "correr" entendermos "caminhar lentamente com a dignidade de um pinguim em apuros". Mas são ótimas para chutar detritos e, claro, para garantir que os pés fiquem sempre naquele ponto ideal entre "suado" e "fervido".
E por ultimo a cereja no topo do bolo, a boina.
A Boina pelo que sabemos vai sair uma nova versão atualizada, com iluminação de emergência incorporada, mais propriamente uma fita em LED a toda a volta que carrega com carregador tipo C, e as mais sofisticadas podem até já trazer um painel solar, para que esta possa carregar durante o dia para brilhar de noite.
Em suma, o EPI do bombeiro não é apenas roupa; é uma declaração. Uma declaração de que, apesar de parecer um astronauta numa sauna, o bombeiro está pronto para enfrentar qualquer coisa... desde que não exija demasiada destreza manual, uma visão perfeita ou a capacidade de respirar normalmente. E, claro, está sempre pronto para a história épica que contará sobre o "quase" aquecimento que sofreu em nome do dever.
Até breve...
CASERNA 25
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