Um homem de 46 anos morreu ao saltar de uma ambulância na A1, em Alcanena, distrito de Santarém. O doente agrediu enfermeira e bombeiro antes de abrir a porta da ambulância, que seguia a mais de 70 quilómetros hora. Morreu no local.
O caso ocorreu na noite da passada quarta-feira, quando os bombeiros voluntários de Cabanas de Viriato transportavam o paciente entre Viseu e Lisboa, local da sua residência. De acordo com Francisco Campos, comandante dos bombeiros, "tudo estava calmo, o doente dormia, mas, quando acordou, passou imediatamente para as agressões à enfermeira do hospital de Viseu, que acompanhava o transporte, e ao tripulante que seguia na cabine sanitária da ambulância".
As primeiras agressões foram contra a enfermeira e depois contra o tripulante, com cerca de 60 anos. Ambos ficaram com as fardas rasgadas e sofreram escoriações. Francisco Campos conta que "o condutor, perante os distúrbios, tentou parar a ambulância, reduzindo a velocidade, mas foi tudo muito rápido e o doente abriu a porta e saltou para o exterior, quando o veículo seguia a cerca de 70 quilómetros hora". Antes, retirou o cinto de segurança que o prendia à maca.
Os meios de socorro foram acionados para o local, perto das 23.30 horas, mas o óbito do doente acabou por ser declarado pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de Santarém. A enfermeira e o tripulante foram assistidos neste hospital e tiveram alta nessa mesma noite.
Francisco Campos conta que o bombeiro, com mais de 30 anos de experiência, está a ser acompanhado pelos serviços psicológicos e sociais da corporação devido à ocorrência. "Nada falhou neste transporte", garantiu. "Não houve qualquer aviso sobre uma eventual instabilidade do doente que fizesse prever o que aconteceu e na ambulância, nova, de 2024, tudo foi feito como deve ser". Durante a circulação, a ambulância tranca por fora, mas pode ser aberta por dentro.
O Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação da GNR vai investigar o caso e esteve no troço da A1 onde se deu a ocorrência.
JN
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