Unicórnio português que ofereceu ferramenta de IA já não vai colaborar com o INEM: "O que encontrámos é assustador" - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 9 de fevereiro de 2025

Unicórnio português que ofereceu ferramenta de IA já não vai colaborar com o INEM: "O que encontrámos é assustador"

 


O unicórnio português Sword Health concedeu gratuitamente um mecanismo de inteligência artificial (IA) para integrar no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que flexibilizaria o sistema. Porém, após fazer uma análise, o fundador da empresa, Virgílio Bento, queixou-se ao Expresso de que será impossível fazê-lo. “O sistema do INEM é obsoleto, frágil e quem está a geri-lo não tem noção disso.”


O sistema de inteligência artificial receberia chamadas e tornaria o processo mais rápido, mas Virgílio Bento refere que “não é possível integrar a solução no sistema de informação do INEM para as chamadas serem roteadas para o operador humano ou para a IA”. “Precisamos de muita coisa, é uma lista muito longa”, lamentou o fundador da Sword Health.


“O estado do sistema de informação assemelha-se à ponte em Entre-os-Rios. Caiu porque não teve manutenção e antevemos um desastre, um colapso, no INEM, dado o sistema de informação que tem”, prosseguiu. “Não podemos avançar, porque não podemos mudar o sistema do INEM. É preciso que sejam os colaboradores externos, que fizeram o sistema, a fazê-lo e, para isso, é precisa pressão, que não existe”, explicou ainda Virgílio Bento.


Ao Expresso, a direção do INEM assinala que tem existido “avanços” no funcionamento do instituto, adiantando igualmente que os sistemas informações “estão a ser alvo de intervenções e de investimentos com vista à modernização”. “Estão já em curso ações a médio e longo prazo, que contribuem para o objetivo de otimização do trabalho realizado nas centrais médicas”, sinaliza ainda o INEM.


Por sua vez, a Sword Health denuncia que é urgente mudar até “coisas absolutamente básicas, como a triangulação das chamadas”. “Faltam coisas básicas num sistema que afeta milhares de pessoas e em situação crítica.”, remata.


Observador

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