A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) quer a divulgação urgente dos resultados das três auditorias (judicial, inspeção aos serviços da Autoridade Nacional de Proteção Civil e inquérito solicitado à Inspeção-Geral da Administração Interna) que o Ministério da Administração Interna ordenou a 81 viaturas de combate a fogos entregues pelo Executivo anterior.
Recorde-se que a decisão de parar essas viaturas surgiu após a morte, no primeiro dia deste ano, do bombeiro de Odemira Dinis Conceição, de 38 anos, num despiste com capotamento de um camião de combate a fogos, que feriu gravemente mais quatro operacionais. Em simultâneo às averiguações governamentais, decorre uma investigação criminal aberta pelo Ministério Público. A viatura onde ocorreu a tragédia fez parte do primeiro lote de veículos entregues pelo atual Governo após terem sido adquiridos pelo anterior.
A ministra Margarida Blasco mandou encostar as 81 viaturas, após uma série de corporações terem apontado sucessivos problemas mecânicos e de segurança às mesmas. Os corpos de bombeiros perdem, assim, a possibilidade de as usarem enquanto decorrem os inquéritos.
A LBP veio agora pedir celeridade no processo, que diz “ter sido criado pelo imbróglio gerado pelo anterior Governo”. “Com o Dispositivo de Combate a Incêndios à porta, queremos saber com que viaturas os bombeiros podem operar”, queixa-se a Liga.
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