O chefe da equipa dos Bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha acionou o SOS do rádio SIRESP: a equipa, da qual fazia parte os três bombeiros que morreram, viu-se rodeada pelas chamas e pediu socorro. A ajuda não chegou a tempo de evitar a tragédia, indica esta quinta-feira o ‘Correio da Manhã’.
O botão de emergência – conhecido como ‘botão de pânico’ – é uma patilha laranja na parte superior do rádio que, quando é pressionada, abre um canal de comunicação, um “sinal aberto” com o comando de operações. Ao acionar o botão, o chefe de equipa “teve logo comunicação” com o comando da operação do combate ao incêndio, Rui Leitão.
“Confirmo que falei com o chefe de equipa assim que ele ativou o botão de pânico e que o pedido de ajuda foi prontamente respondido, com o envio de equipas para os socorrer, mas infelizmente não foi a tempo de evitar a tragédia”, indicou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Tábua.
Assim que foi acionado o SOS, o rádio SIRESP foi rapidamente identificado e geolocalizado no Comando Sub-regional de Coimbra, que enviou as coordenadas para as equipas de socorro. Um dos primeiros a chegar ao local e localizar os corpos foi o noivo de Sónia Cláudia Melo, a enfermeira de 36 anos que iria casar no próximo ano, por também ser bombeiro na Corporação de Vila Nova de Oliveirinha – recorde-se que nas chamas morreram também Paulo Jorge Santos, de 38 anos, e Susana Cristina Carvalho, de 44 anos: a equipa tinha outros dois bombeiros, que conseguiram escapar sem ferimentos.
Os funerais dos três bombeiros vão realizar-se no quartel de Vila Nova de Oliveirinha e só deverão acontecer dentro de cinco a sete dias, já que terão de ser identificados através de testes de ADN, por os corpos estarem carbonizados.
Sem comentários:
Enviar um comentário