Liga dos Bombeiros diz Que o Trabalho das Corporações está "Desregulado" - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Liga dos Bombeiros diz Que o Trabalho das Corporações está "Desregulado"

 


O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) pediu, esta terça-feira, uma reunião ao Governo para discutir o impacto do fecho das urgências nas corporações, que estão a ser obrigadas a percorrer longas distâncias para que os utentes sejam atendidos. António Nunes classifica a situação de “insustentável”.


António Nunes recordou que os protocolos celebrados com o Ministério da Saúde previam “sempre a perspetiva do hospital de proximidade”, mas o fecho de especialidades nas urgências criou “novos problemas que implicam novas soluções”. “Se fosse só o problema das grávidas”, disse o dirigente.


O transporte dos doentes para mais longe “está a desequilibrar as equipas dos corpos de bombeiros”, que ficam ausentes dos quartéis durante várias horas, disse António Nunes à agência Lusa. “Está a desregular o que era o normal funcionamento do paradigma do corpo de bombeiros na sua área de atuação própria”, referiu.


Esta quarta-feira, estão fechadas seis urgências de obstetrícia e ginecologia, a maioria em Lisboa e Vale do Tejo. Também a urgência de pediatria no Barreiro está encerrada. O feriado e o fim de semana serão os dias com mais serviços fechados. 


“Pressão” na equipa


No passado fim de semana, a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, fez 39 partos: três mulheres e os bebés foram, depois, transferidos para os hospitais de residência. Na segunda-feira, foram realizados 25 partos, o número mais alto desde 2013.


“De 5 a 11 de agosto, foram realizados 472 atendimentos na urgência de ginecologia e obstetrícia e 92 partos”, adiantou, ao JN, a Unidade Local de Saúde (ULS) de São José, onde está integrada a MAC. O valor está em linha com o de agosto de 2023 (443). 


Este ano, houve uma média de 13 partos por dia. Face a 2019, onde se faziam nove partos por dia, a ULS de São José relata que há “pressão acrescida nas equipas da MAC, cujo número de elementos se mantém praticamente inalterado”. A presidente da ULS de São José, Rosa Valente de Matos, frisa ser um esforço “não é possível de se manter por muito mais tempo”.


JN

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