Proteção Civil rejeita a criação de uma nova corporação em Leiria, argumentando que região já tem quatro corpos. E lembra que faltam operacionais e viaturas estão obsoletas um pouco por todo o país.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil deu parecer negativo à criação de um corpo de bombeiros nos Cardosos, que serviria as freguesias de Arrabal, de Caranguejeira e Santa Catarina da Serra e de Chainça, em Leiria.
O chumbo não faz desistir a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários dos Cardosos, que pede o apoio “de todos para uma luta que não é apenas da direção, mas de todos os residentes do sul do concelho de Leiria”, refere num comunicado enviado à Lusa, assinado pelo presidente da Associação.
Nelson Pereira afirma que “a associação tem consciência das dificuldades que o mundo dos bombeiros enfrenta hoje”, mas considera que a “criação de um corpo autónomo nesta associação é o caminho certo e corresponde aos anseios dos residentes do sul do concelho de Leiria”.
As populações das freguesias de Arrabal, Caranguejeira e Santa Catarina da Serra e Chainça “merecem ter um socorro mais próximo, com redução de tempos de espera, e isso só é possível com um corpo de bombeiros local, com uma presença mais frequente na vida de todos”, concretiza ainda.
Justificação é política
O vereador da Proteção Civil da Câmara de Leiria, Luís Lopes, crê que a justificação do parecer negativo da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil assenta numa “questão, sobretudo, política, que é a de não serem criados mais corpos de bombeiros em todo o país”.
“O parecer faz o contexto de Leiria, que já tem quatro corpos de bombeiros, refere que o parque automóvel está obsoleto e que não há garantia de haver bombeiros, o que não há em lado nenhum. Não se trata de uma questão operacional, mas política”, sublinha Luís Lopes.
O Município de Leiria vai pedir uma reunião com a ministra da Administração Interna, para que haja um esclarecimento cabal. “Se o não for mesmo não criar mais corpos de bombeiros, temos de ver com a associação o que fazer, já que temos ali uma infraestrutura à disposição”.
JN
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