Bombeiros apontam opacidade da ANEPC
“Não entendemos que a ANEPC não permita à LBP o acesso aos registos de ocorrências e ao registo de bombeiros, estabelecendo uma preocupante opacidade”, apontou há momentos o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses na Assembleia da República.
António Nunes falava aos deputados da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da AR sobre o tema “as expetativas e dificuldades das associações humanitárias de bombeiros voluntários com o início da época de fogos” por proposta do Partido Chega.
O presidente da LBP considerou, entretanto, ”que não devíamos ter iniciado um novo dispositivo de combate aos incêndios florestais sem que a ANEPC liquidasse as dívidas de anos anteriores (algumas remontam a 2019) ou com dotações orçamentais limitadas que preveem pagar 2,87 euros/hora/bombeiro para ter equipas permanentes nos quartéis”.
António Nunes admitiu que no combate aos incêndios florestais pode estar-se perante estrangulamentos irreversíveis, “caso a AR e o Governo, não travem as tentativas de domínio hegemónico da ANEPC e da AGIF, que não tendo meios próprios, procuram implementar em Portugal uma doutrina de combate aos incêndios florestais inadequada e perigosa para a segurança das populações e seus bens.”
Face ao diagnóstico assim feito, o presidente da LBP admitiu que “a curto ou médio prazo, os Bombeiros podem não ter a disponibilidade indispensável para um dispositivo robusto de resposta aos incêndios florestais e a demais riscos e vulnerabilidades, potencializados pelas alterações climáticas”.
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