A criação da carreira de bombeiro voluntário foi uma das garantias deixadas pelo secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, este sábado, nas comemorações do 75.º aniversário dos Bombeiros de Idanha-a-Nova.
O anúncio surgiu em resposta a um pedido que tinha sido feito antes por Eduardo Correia, vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, que tinha exortado o governante “não uma melhoria, mas uma carreira, porque não existe” para os bombeiros voluntário. “E um diálogo com a tutela, no sentido de, de braço dado, combaterem o inimigo comum, que está no Terreiro do Paço, o Ministério das Finanças”, acrescentou, considerando que o município de Idanha-a-Nova deu “um sinal de inteligência política” ao apoiar a corporação do concelho.
O secretário de Estado Paulo avançou também com o propósito do Governo de “profissionalizar a primeira linha de combate em todas as corporações”. No que toca aos meios financeiros, manifestou a intenção de “contratualizar com as associações humanitárias de bombeiros um plano plurianual de investimentos”, sem esquecer “um plano de regularização das dívidas que ainda existem”.
Nesta que foi a segunda cerimónia pública em que participou, Paulo Simões Ribeiro quis dar uma palavra de “esperança e confiança” num dia de festa redobrada em Idanha-a-Nova. “Celebramos 75 anos de serviço, de sacrifício e dedicação, nesta que é uma das regiões com maior propensão aos incêndios rurais”, destacou o governante, sublinhando, outra valência dos voluntários. “Nestes territórios de baixa densidade, que também se confrontam com o envelhecimento, os bombeiros prestam um serviço fundamental no apoio direto a esta população”, disse o secretário de Estado.
“Não passa despercebido o vosso legado de serviço público, nem a bravura e determinação com que respondem a cada chamada, ou salvam cada vida”, disse Paulo Simões Ribeiro. Os bombeiros “fazem parte da coluna vertebral da nossa segurança, atuando sob os melhores valores que existem, o da solidariedade, da coragem e da generosidade”, acrescentou. “A presença de um membro do governo aqui hoje, é sinal do reconhecimento da vossa missão e do trabalho que prestam à sociedade”, disse.
Armindo Jacinto, presidente do Município de Idanha-a-Nova e da direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários daquele concelho raiano, também sublinhou a importância de dotar de meios as corporações, que são o garante da segurança e “de algum sossego para o presidente da câmara e para a população”.
“Nos últimos 10 anos, a autarquia apoiou esta associação humanitária com mais de três milhões e 650 mil euros, para as Equipas de Intervenção Permanente, obras nos três quartéis (sede em Idanha-a-Nova e unidades de Zebreira e Penha Garcia) e outros equipamentos essenciais à sua missão”, disse Armaindo Jacinto. A que acresce “o regulamento dos benefícios sociais, um subsídio de risco e mais 10 euros aos voluntários que integram o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR)”.
JN
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