Bombeiros queixam-se de não terem carreira que possa atrair gente - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 7 de abril de 2024

Bombeiros queixam-se de não terem carreira que possa atrair gente

 


Em reunião com a Liga dos Bombeiros, Mariana Mortágua sublinhou a importância da sua atividade. O Bloco compromete-se com a criação da carreira que os bombeiros reivindicam como forma de atrair e manter profissionais.


O Bloco de Esquerda reuniu esta segunda-feira com a Liga dos Bombeiros Portugueses. À saída deste encontro, Mariana Mortágua destacou o papel das associações humanitárias que “garantem trabalho de proteção civil, uma assistência às populações em todo o território português, garantem emergência médica, garantem todo o apoio às populações em todo tipo de ocorrências”.


Apesar disto, “há um conjunto de reivindicações” dos bombeiros “que têm vindo a ser arrastadas” e que “correspondem a compromissos do Bloco de Esquerda” como as que dizem respeito às suas carreiras. Há uma parte do serviço prestada por voluntários e outra por profissionais que não têm carreira. O que “torna muito difícil atrair novas pessoas para esta profissão” e “torna muito difícil assegurar este serviço”.


Uma outra questão em cima da mesa é a do financiamento: “há muito tempo que se arrasta o déficit do financiamento”. Isto “coloca em causa a sustentabilidade das próprias associações e, portanto, o trabalho dos bombeiros voluntários”. E há “uma parte essencial da proteção civil que é garantida por associações que têm uma parte de trabalho voluntário”.


Para a coordenadora do Bloco, este trabalho “tem que ser protegido, tem que ser financiado, tem que ser cuidado pelo Estado, até porque em muitas zonas, em muitos municípios, são instituições centrais da vida social das populações”.


Criar a carreira para manter e atrair profissionais


Entre as “várias preocupações” dos bombeiros, Eduardo Correia, vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, vincou a questão da carreira dos bombeiros.


Contrastando com outros grupos profissionais que têm vindo a reivindicar melhores condições na carreira, os bombeiros não o têm feito “porque, pura e simplesmente, não há carreira”.


Pretende-se regular a relação profissional dos bombeiros com as associações humanitárias de bombeiros para conseguir “estabilizar aqueles que existem e encontrar forma de não os deixar fugir para outras entidades que vão nascendo ao lado e que têm uma situação melhor em termos de carreira”. E também “para criar atração” para que novas pessoas se tornem bombeiros “porque os bombeiros pescam em águas onde muitas outras entidades também pescam e nós não temos as mesmas armas. Nós não temos as armas que a GNR tem, que a PSP tem, que o INEM, o ICNF e outras entidades têm para oferecer uma carreira”. A “única arma” dos bombeiros “é a capilaridade e a proximidade: há bombeiros em todos os municípios”.

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