Arnaldo Santos diz que a existir alguma ilegalidade nunca teve como objectivo beneficiar ou prejudicar alguém. Antigo presidente da direcção, que agora dirige a assembleia-geral, fala ainda do caso do comandante e da escolha pelo requerimento para destituir a direcção em detrimento de outro.
O presidente da mesa da assembleia-geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos (AHBVT) e ex-presidente da direcção, Arnaldo Santos, diz não reconhecer “qualquer fraude fiscal” mas admite que “possa ter havido insuficiências ou omissões”. No entanto, a existirem, sublinha, “nunca tiveram por objectivo ou motivação beneficiar ou prejudicar quem quer que fosse em termos patrimoniais ou outros e que a provarem-se deverão ser corrigidas”.
Num comunicado enviado ao nosso jornal, Arnaldo Santos diz que têm vindo a ser veiculadas “acusações e insinuações graves, falsas e injuriosas, que põem em causa a honra e dignidade de alguns e particularmente o bom nome e prestígio da instituição e do seu corpo de bombeiros, que se orgulham da sua história”.
A direcção da AHBVT, que está demissionária desde 12 de Fevereiro, recorde-se, tornou pública uma alegada fraude fiscal na ordem de meio milhão de euros, “apurada pela actual direcção e alertada pelo conselho fiscal à anterior direcção desde há anos, que tinha como presidente da direcção, Arnaldo Santos”. Dessa anterior direcção faziam parte a actual tesoureira e o presidente, Nuno Cruz, sendo que este último afirmou a O MIRANTE que estará disponível para assumir eventuais responsabilidades, embora desconhecesse qualquer ilegalidade.
Arnaldo Santos refere que “a direcção da associação é o órgão executivo a quem compete gerir a associação, sendo que o tesoureiro tem competências próprias no âmbito da contabilidade e tesouraria, sublinhando, contudo, que todos os membros da direcção são solidários e responsáveis por todas as deliberações tomadas e ou omissões, excepto se tenham emitido voto contrário ou lavrem o seu protesto oportunamente”.
Relativamente ao caso da suspensão temporária do comandante José Pereira e da não renovação da sua comissão de serviço, o presidente da assembleia vem dizer que a comissão arbitral - que possibilitou a manutenção de José Pereira no cargo como voluntário - “foi constituída nos termos da lei e cumpriu a missão que lhe impõe, ou seja, apreciar e decidir o recurso apresentado pelo comandante sobre a decisão da direcção e seus fundamentos, para a sua não recondução no cargo”. E fê-lo, acrescenta, “de forma competente, consciente, responsável, isenta e livre”.
Quanto à convocação de uma assembleia-geral extraordinária para se votar a destituição da direcção em detrimento de outra para se alterarem os estatutos, concretamente no respeitante ao número de associados necessários para convocação de reunião extraordinária e para a extinção da associação, Arnaldo Santos diz que “considerou, na sua avaliação, o poder soberano dos associados, a urgência na discussão das matérias e o tempo necessário para concretizar as convocatórias. E considerou que o mais urgente é resolver a situação de conflitualidade, pelo que decidiu convocar em primeiro lugar a reunião requerida pelos associados” ao invés da requerida pela direcção de Nuno Cruz.
Por último, o presidente da assembleia apela a que “todos respeitem todos e coloquem em primeiro lugar a associação e o seu corpo de bombeiros” e, dirigindo-se aos sócios, que “se mobilizem no sentido de encontrar as soluções que melhor sirvam, respondam e garantam o futuro da associação e o cumprimento da sua missão humanitária”, aludindo à assembleia eleitoral convocada para 16 de Março.
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