Em janeiro, uma mulher de 59 anos, em Vendas Novas, morreu em casa vítima de um AVC porque não foi socorrida devido à falta de meios disponíveis. O INEM confirmou ao JN a falta de recursos para prestar assistência e diz que abriu um inquérito assim que tomou conhecimento do caso.
O INEM diz que recebeu uma chamada às 10.34 horas, "tendo sido determinado o envio de uma ambulância" para casa da mulher que tinha acabado de sofrer um AVC. Contudo, não havia ninguém disponível para prestar auxílio à vítima.
“Face à indisponibilidade imediata de meios das quatro corporações de bombeiros mais próximas do local da ocorrência, o CODU informou o contatante deste facto e manteve-se em contacto telefónico permanente com o local, prestando aconselhamento e acompanhando a evolução do estado de saúde da utente”, refere.
Mais de meia hora depois, às 11.12 horas, a família voltou a contactar o INEM dando conta do “agravamento do estado de saúde da utente”. Na sequência da segunda chamada, “foi imediatamente acionado, às 11h.14 horas, um meio de Suporte Avançado de Vida, no caso a VMER do Hospital de Évora e foi também acionada, às 11.33 horas, uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Vendas Novas, que, entretanto, ficara disponível e que se encontrava a cinco minutos do local”. Não havia, porém, mais nada a fazer.
“A vítima foi assistida pelas equipas de emergência médica pré-hospitalar, tendo sido, infelizmente, verificado o óbito pela equipa médica da VMER”, informa.
O INEM diz ainda que “abriu um inquérito para averiguar as circunstâncias em que decorreu a assistência a esta utente imediatamente após tomada de conhecimento do caso”.
JN
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