Liga de Bombeiros apresenta nove medidas para resolver retenção de macas - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Liga de Bombeiros apresenta nove medidas para resolver retenção de macas

 


A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) apresentou um conjunto de nove medidas para resolver, ou pelo menos mitigar, os problemas que têm ocorrido na prestação do socorro ao nível do atendimento hospitalar, nomeadamente a retenção de macas das ambulâncias. Propostas que serão discutidas na próxima quinta-feira, em reunião com a Direção Executiva (DE) do SNS e o INEM, no Porto. Mas deixa um aviso: se daquela reunião não sair uma solução para os problemas, avança a cobrança de taxa aos hospitais por retenção de macas. E, se estes não pagarem, deixam de fazer altas hospitalares.


O resumo é feito ao JN pelo presidente da Liga, que diz não estar disponível para um novo adiar de soluções para os problemas em causa.  O encontro de quinta-feira, recorda, ficou acordado na reunião tida no passado dia 9 com a DE SNS , tendo os bombeiros decidido, por isso, não avançar com a cobrança de uma taxa aos hospitais pelo tempo que as macas lá ficam retidas. Nessa reunião, a LBP apresentou “vários casos de situações inaceitáveis para os doentes”, recorda António Nunes. “Doentes à espera 30 a 50 minutos para saberem para que hospital têm que ir, uma grávida a começar no Barreiro e a acabar em Coimbra, desde transportar um cadáver porque não havia médicos para apoio à equipa de bombeiros”, elenca.


Na passada sexta-feira, fizeram chegar à direção liderada por Fernando Araújo “nove medidas, para nove problemas, que se forem adotadas podem ajudar a resolver ou a mitigar esta questão, que é estrutural”.  Como seja o facto de os bombeiros estarem a fazer “transporte a maior distância, com maior tempo de utilização das ambulâncias, com maior retenção e, em alguns casos, com um tempo elevadíssimo até à triagem”, adianta. Sendo que, frisa António Nunes, “a resolução do problema não passa só pelas propostas que a Liga possa ter”.


O presidente da LBP assegura, ainda, que no dia 18 os bombeiros “não saem da reunião sem resultados concretos; não se pense que vai haver nova reunião”. E caso não haja resultados? “É cobrar. E se não pagarem, não tiramos os doentes dos hospitais”. Sabendo, diz, que “no dia seguinte” sentam-se “à mesa” e assinam “o que for preciso”. Ponto a que, frisa, não querem chegar.


Em cima da mesa, recorde-se, e após aprovação pelo Conselho Executivo da Liga, está a cobrança “por cada duas horas após a primeira hora [de retenção” de 50 euros, valor que sobe para os 100 euros no segundo bloco de duas horas e 150 euros no terceiro bloco de duas horas, sendo “depois 150 euros por cada duas além dessas”.


JN

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