Quatro Pessoas Desalojadas e Duas Casas Destruídas na Madeira - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 15 de outubro de 2023

Quatro Pessoas Desalojadas e Duas Casas Destruídas na Madeira

 


Quatro pessoas ficaram desalojadas e duas casas destruídas nos incêndios na zona oeste e costa norte da Madeira, que se encontram agora em fase de rescaldo e vigilância, anunciou hoje o secretário da Saúde e Proteção Civil.


No total, foram afetadas sete casas, das quais seis no concelho da Calheta, na zona oeste, e uma no município do Porto Moniz, na costa norte, os mais fustigados pelos fogos, que deflagraram na quarta-feira.


De acordo com o secretário regional, Pedro Ramos, as quatro pessoas desalojadas, temporariamente acolhidas em casa de familiares, são residentes nas freguesias da Ponta do Pargo e da Fajã de Ovelha, na Calheta.


"Neste momento, não há fogos ativos. Estamos em fase de rescaldo e vigilância ativa", indicou o governante em conferência de imprensa no Serviço Regional de Proteção Civil, no Funchal, na qual apresentou o ponto da situação dos incêndios às 13:00.


No terreno, permanecem 55 bombeiros de todas as corporações da ilha da Madeira, com o apoio de mais 45 profissionais do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, GNR, PSP e Forças Armadas, auxiliados por 14 veículos de combate a incêndios e 20 viaturas de apoio e logística.


O único meio aéreo que opera na região já efetuou hoje 11 descargas de água, num total de 294 desde o início dos fogos.


"Estão identificadas sete casas afetadas. Na Calheta, são seis: duas habitações totalmente danificadas, três habitações com danos e uma habitação devoluta", disse Pedro Ramos, para logo explicar: "As quatro pessoas que se encontram desalojadas estão em habitações de familiares e amigos e o Instituto de Habitação da Madeira e a autarquia continuam a desencadear ações no sentido de assegurar o realojamento".


Trata-se de uma mulher na freguesia da Ponta do Pargo, outra na freguesia da Fajã da Ovelha e ainda uma família de mãe e filho, com 14 anos, também na Fajã da Ovelha.


No Porto Moniz, o fogo destruiu uma habitação devoluta.


Na sequência dos incêndios, 72 pessoas receberam assistência médica e 20 apoio psicológico, mas não há registo de feridos graves.


De acordo com o secretário regional, a rede elétrica já foi totalmente reestabelecida nas áreas mais afetadas nos concelhos da Calheta e Porto Moniz e, ao nível das telecomunicações, a rede apenas se encontra inoperacional no sítio dos Lamaceiros, no Porto Moniz.


Os trabalhos de reparação na rede de água prosseguem e várias estradas e todos os percursos pedestres recomendados na Calheta e no Porto Moniz estão encerrados, bem como um percurso pedestre no município da Ribeira Brava e outro em Câmara de Lobos.


O centro de saúde do Porto Moniz mantém-se aberto 24 horas e os 39 idosos do lar dos Lamaceiros, que foram retirados por precaução na quinta-feira, regressam hoje às instalações.


De acordo com o Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, desde o dia 04 de outubro foram registados vários focos de incêndios nos concelhos da Ribeira Brava, Ponta do Sol, Câmara de Lobos e Calheta, todos localizados na zona oeste da ilha, e também no município do Porto Moniz, na costa norte.


O incêndio mais devastador deflagrou na freguesia dos Prazeres, na Calheta, na quarta-feira, e alastrou-se depois ao concelho vizinho do Porto Moniz.


Na noite de sexta-feira para sábado, deflagrou um novo incêndio no sítio dos Terreiros, nas zonas altas do concelho da Ribeira Brava, que se estendeu à área florestal da freguesia do Jardim da Serra, já no município de Câmara de Lobos.


O suspeito de ter ateado o incêndio florestal no concelho da Calheta, detido pela Polícia Judiciária em flagrante delito na sexta-feira, foi ouvido no sábado em tribunal e ficou em prisão preventiva, uma medida de coação substituída por internamento numa instituição de saúde mental.


Três regiões do arquipélago da Madeira -- costa norte, costa sul e Porto Santo -- continuam hoje sob aviso meteorológico laranja devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima, que diariamente ultrapassa os 30 graus.


O arquipélago encontra-se sob aviso laranja, hoje com exceção das zonas montanhosas, desde a primeira semana do mês devido ao tempo quente, situação que potenciou a ocorrência dos incêndios.


Lusa

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