Mulher sobrevive a choque mortal em Arcos de Valdevez - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Mulher sobrevive a choque mortal em Arcos de Valdevez

 


A mulher, de nacionalidade francesa, que sobreviveu à violenta colisão que matou dois condutores, no IC28, em Arcos de Valdevez, no sábado à tarde, está em choque com o acidente do qual saiu com ferimentos ligeiros. O carro em que viajava era conduzido por António Silva, um emigrante de 69 anos, natural dos Arcos de Valdevez, mas a residir em França. António esteve mais de hora e meia para ser desencarcerado e acabou por não resistir. No outro veículo seguia Jorge Pinto, 65 anos, que teve morte imediata. O condutor, que vivia em Leça do Balio, Porto, conhecia bem aquela estrada, já que tinha casa no concelho minhoto.


A realidade diária tem vindo a demonstrar que as autoridades rodoviárias nacionais seguem uma estratégia errada em matéria de prevenção. Têm vindo a apostar, quase só, na profusão de radares, como se fosse esse o passe de mágica que irá diminuir os mortos e estropiados na estrada. Concedendo, sem reservas, que os radares podem ser um elemento essencial de uma política de prevenção rodoviária, a verdade é que isso não basta. Não basta quando não se aposta na educação dos condutores nem na fiscalização mais apertada do ensino. 


Quando não se fazem fortes campanhas de sensibilização. Neste domínio, o atraso português é uma tragédia. Não basta, quando não se aposta na manutenção da rede de estradas principais e secundárias. Não basta, quando alguns dos radares são colocados em zonas deslocadas da rede de pontos negros e visam apenas institucionalizar a caça à multa e enriquecer os cofres do Estado, para lá de algumas remunerações variáveis de gestores e agentes do setor. Não basta, quando reina a opacidade na estatística e nos gastos com as aquisições dos equipamentos. Não basta, quando chegamos a opções, como os radares de velocidade média, que outros já estão a abandonar. Não basta, quando não há debate nem esclarecimento, apenas a chantagem de factos consumados.


Correio da Manhã

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