Suspeito do fogo em Ourém vai ficar em prisão domiciliária - VIDA DE BOMBEIRO

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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Suspeito do fogo em Ourém vai ficar em prisão domiciliária

 


O Tribunal de Santarém decretou a prisão domiciliária ao suspeito de atear um incêndio no concelho de Ourém, no passado domingo, aguardando, contudo, em prisão preventiva a instalação da pulseira eletrónica, disse esta sexta-feira à Lusa fonte policial.


A Polícia Judiciária de Leiria deteve um homem suspeito de ter ateado o fogo no concelho de Ourém, no distrito de Santarém, no dia 6 de agosto, já condenado pelo incêndio na Caranguejeira, em Leiria, em 2017 e 2018.


Presente esta tarde a primeiro interrogatório judicial, o Tribunal de Santarém decretou que o homem vai ficar em prisão preventiva, até lhe ser colocada a pulseira eletrónica, referiu fonte da Polícia Judiciária (PJ).


Segundo um comunicado divulgado hoje, a PJ adianta que o homem, de 32 anos, foi detido fora de flagrante delito e é suspeito da "autoria de um crime de incêndio florestal, ocorrido domingo, que, segundo estimativa do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, destruiu aproximadamente 250 hectares de floresta e colocou em perigo populações das freguesias situadas a noroeste do concelho de Ourém".


O suspeito tem "antecedentes criminais por crimes da mesma natureza, ocorridos na zona da Caranguejeira em 2017 e 2018", tendo sido condenado na altura a uma pena de trabalho comunitário, segundo disse à Lusa fonte da PJ.


A mesma fonte referiu que o homem, trabalhador em "biscates, na área da construção civil", fez uma primeira tentativa para atear o fogo, através de chama direta, por utilização de um isqueiro, mas sem sucesso.


Procurou depois um monte de sobrantes, onde conseguiu os seus intentos, "tendo provocado danos de grande dimensão na área arborizada e colocado várias habitações em risco".


Fonte da PJ revelou ainda que as motivações do suspeito são "fúteis". "Gosto pelo espetáculo que o evento proporciona e de ver o combate dos bombeiros", acrescentou.


A PJ realça que "tal acontecimento ocorreu em período crítico de incêndios rurais e em que as condições meteorológicas à data potenciavam o risco máximo de incêndio".


Desde a comunicação da ocorrência, a Polícia Judiciária explica que, em articulação e estreita colaboração os destacamentos de Tomar e de Leiria da GNR, procedeu, "de forma incessante, a diligências de recolha de prova que conduziram à identificação do autor e imputação da prática daquele grave crime, que muito alarmou a comunidade e o país".


O incêndio deflagrou no passado domingo, numa zona de mato e floresta, pelas 17:20 na freguesia de Matas e Cercal, na localidade de Casal Menino, em Ourém, no distrito de Santarém, e entrou em fase de rescaldo no dia seguinte, quase 24 horas depois.


JN

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