Incendiário da serra do Montejunto ateou mais um fogo pouco antes de ser detido - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Incendiário da serra do Montejunto ateou mais um fogo pouco antes de ser detido

 


Um homem suspeito de ser o responsável por "pelo menos uma parte" dos "mais de 30 incêndios" que, nos últimos dois meses, atingiram a serra do Montejunto tinha acabado de atear mais um fogo quando, esta quarta-feira de manhã, foi detido no Cercal (Cadaval) pela Polícia Judiciária (PJ), em articulação com a GNR.


"Não foi agarrado no exato momento em que estava a colocar o incêndio, [...] foi detido em flagrante delito no momento imediatamente a seguir", referiu, em conferência de imprensa, o diretor da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da PJ, João Oliveira, frisando que esse não foi o único fogo provocado pelo suspeito na manhã desta quarta-feira.


Para criar as chamas, o alegado incendiário, de 31 anos e ligado à área da construção civil, "usava um artefacto incendiário, com retardamento de ignição", o que lhe permitia passar num lugar, lançar o engenho e "só alguns minutos depois", já distante do local, atear o fogo.


Até ao momento, tudo aponta para que o suspeito tenha atuado apenas pela "vontade de ver arder". Na quinta-feira, será apresentado ao Tribunal de Torres Vedras, para ser interrogado por um juiz e conhecer as medidas de coação. Está indiciado por vários crimes de incêndio florestal, punível com pelo menos até oito anos de prisão.


Apagado "com as botas"

Esta quarta-feira, João Oliveira salientou que, dos "mais de 30 incêndios" registados na serra do Montejunto, alguns só foram de "reduzida dimensão", porque "houve atempada intervenção" das autoridades no combate às chamas.


"Queremos agradecer a todas as entidades que colaboraram conosco na vigilância e na proteção do Montejunto. Estamos a falar de 4900 hectares de área florestal potencial que não arderam e ainda se encontram verdes", sublinhou, por sua vez, Gabriel Barbosa, major da GNR, exemplificando com o caso de elementos Exército que, numa ação de vigilância, puseram fim a um foco de incêndio "com as botas".


No total, já foram detidos este ano, em todo o país, mais de meia centena de incendiários. Até agora, o número de ignições em 2022 tem sido inferior ao de 2023.


JN

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