Há 35 anos, o Chiado ardia. Duas pessoas morreram e 73 ficaram feridas - VIDA DE BOMBEIRO

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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Há 35 anos, o Chiado ardia. Duas pessoas morreram e 73 ficaram feridas

 


Foi na madrugada do dia 25 de agosto de 1988 que brotou um dos mais violentos incêndios da história de Lisboa, no Chiado. O 35.º aniversário do fogo, que provocou duas vítimas mortais e devastou 18 edifícios, alguns dos quais “bastante emblemáticos”, foi hoje assinalado tanto pela Liga dos Bombeiros Portugueses, como pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, pelo Regimento de Sapadores Bombeiros – Lisboa, e pela Câmara Municipal de Lisboa, que partilharam a cronologia dos acontecimentos, “ainda desconhecida por muitos”.


“Com início na Rua do Carmo, o incêndio propagou-se para a Rua Garrett e Rua Nova do Almada, causando duas vítimas mortais, 73 feridos e destruído 18 edifícios, alguns deles bastante emblemáticos”, escreveu a Proteção Civil, na rede social Facebook, tendo salientado que “o empenho e o esforço dos 1.150 bombeiros que participaram nas ações de combate evitaram que o incêndio se propagasse a outras áreas”.


Depois do alerta, dado às 5h19 para um “fogo na Rua do Ouro, Armazém Grandella”, os serviços de emergência depararam-se com um incêndio que ardia “com muita intensidade”, tendo pedido “todo o material disponível”, pelas 5h23.


“Encontramo-nos na Rua do Ouro, o fogo é de muito grandes proporções e aguardo a chegada de todo o material disponível que já foi pedido antes, e peço para que algum desse material se vá localizar na Rua Nova do Almada”, foi dito, cerca de dois minutos depois.


Ao fim de cinco minutos, os bombeiros no local informaram “que o fogo na Rua do Ouro é incontrolável, está a propagar a edifícios anexos, e a única maneira possível de o controlar será através de um ou dois helicópteros”, apelando “para falarem com o comandante”.


“O fogo passa dos Armazéns do Grandella, já todo tomado pelo fogo, para os Armazéns do Chiado, e atinge alguns elementos dos edifícios fronteiros na rua do Carmo e da rua da Assunção, edifício Confepele”, complementaram.


Pelas 6h10, não havia “qualquer hipótese de ação de combate ao incêndio por parte dos helicópteros”, mas existia “a hipótese de acionar o Hércules C-130. “Já se dirige para o local um helicóptero Puma mas deverá organizar um local improvisado para servir de heliporto”, foi dito.


Lusa

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