Na terça-feira, a mulher, de 70 anos, queixou-se do marido à GNR e abandonou a casa com a filha.
José Horta, 2º comandante da Proteção Civil do Baixo Alentejo, passava perto da casa e chegou ao local pouco depois de o fogo deflagrar. “Acabei de puxar fogo à casa e já estão aqui os bombeiros!”, reagiu o suspeito.
Depois de dominado o incêndio, foram descobertas manchas de sangue no interior e exterior das traseiras da casa e mobiliário destruído, o que deixava perceber que terá havido uma luta dentro da habitação.
O alerta para o incêndio foi dado às 9.20 horas, tendo o homem sido levado de imediato para o Serviço de Urgência do Hospital José Joaquim Fernandes, dando entrada na unidade de saúde como vítima de uma intoxicação por inalação de fumo. Também apresentava escoriações na cabeça e no corpo.
A GNR esteve na residência e, depois, foi ao hospital para inquirir o homem sobre a origem das manchas de sangue encontradas na habitação e das lesões corporais, não tendo o homem revelado às autoridades o que aconteceu, nem quem terá estado envolvido nas agressões.
Um bombeiro, de 41 anos, devido à carga térmica que se fazia sentir no interior da habitação sentiu-se mal. Por precaução foi também transportado para o Hospital de Beja, onde foi observado, tendo tido alta médica pouco tempo depois.
Segundo apurou o JN, o caso de violência doméstica foi de imediato transmitido pela GNR à Polícia Judiciária, que também investigará o incêndio.
No combate ao incêndio estiveram 12 operacionais dos Bombeiros Voluntários de Beja apoiados por cinco viaturas, uma patrulha da GNR e o segundo comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo.
JN
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