Em entrevista à Rádio Renascença (RR) a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, reconhece a necessidade de “revisitar o modelo de organização e o modelo de financiamento dos corpos de bombeiros”, mas em momento algum, contudo, refere que eles, em primeira instância, não dispondo de personalidade jurídica, dependem das associações humanitárias e é a estas que, de facto, o Estado deve garantir o financiamento.
Patrícia Gaspar garante “toda a abertura para discutir” com a Liga dos Bombeiros Portugueses a proposta de Comando Nacional de Bombeiros e admite que, sobre a organização dos bombeiros, “nós também achamos que tem que ser revista”.
A secretária de Estado, contudo, imiscui-se no papel e nas responsabilidades estatutárias da LBP ao afirmar que “é preciso fazer uma distinção clara para que os portugueses percebam do que é que estamos a falar, por um lado existe a Liga dos Bombeiros Portugueses, que é uma associação representativa do setor, que tem sido um interlocutor privilegiado do Governo, e temos outra dimensão, que é a dimensão operacional da resposta dos corpos de bombeiros”. E insiste que, “a Liga está desde sempre sentada à mesa nos momentos em que se decide cada época de incêndios e noutra dimensão, estão as funções operacionais”.
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