Meia hora de chuva intensa a meio da tarde desta quarta-feira provocou aluimento de terras provenientes das encostas queimadas da povoação, inundou cinco casas e danificou 3 viaturas.
"Estava eu aqui na varanda com o meu filho e apareceu uma vizinha de carro, chegada do trabalho, e foi apanhada pela chuva e árvores, ficou atravancada dentro do carro", contou Glória Gomes, residente em Vale de Amoreira e proprietária de uma das casas alagadas de água e lama.
"Um dos carros estava na garagem de uma das casas e as outras duas foram arrastadas", disse ao JN o presidente da junta de freguesia de vale de Amoreira. "Já para não falar das toneladas de inertes que ficaram amontoadas na rua ", descreveu o autarca que passou os últimos 15 dias a colocar obstáculos nas encostas para evitar o que acabou por acontecer.
Serra da Estrela com aviso vermelho
"Estamos um bocadinho cansados e tristes porque manteigas é um concelho demasiado pequeno para enfrentar isto. As encostas estão sem nada, a chuva cai e não há nada que a detenha", disse, aparentemente desanimado, o presidente da câmara de Manteigas.
"Precisamos de apoio já, não queremos que morra alguém para que Manteigas fique na história das maiores tragédias do país e por isso vamos pedir uma audiência urgente ao Ministro do Ambiente", revelou Flávio Massano.
Tal como na freguesia de Sameiro que esta quarta-feira voltou a ser inundada de água e lama, mas sem a gravidade da semana passada, a aldeia de Vale de Amoreira tem muito trabalho pela frente. Bombeiros, população e tripulantes de máquinas privadas desencadearam logo uma operação de conjunta de limpeza sob a orientação da autarquia. "Vamos agora às encostas ver o tamanho do estrago para definirmos os meios e mobilizar nas próximas horas, mas tudo indica que a missão vai ser longa e penosa", estimou o presidente da Junta Nuno Gonçalves.
Fonte: JN
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