Bombeiros de Salvaterra Pedem Socorro ao INEM - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Bombeiros de Salvaterra Pedem Socorro ao INEM

 


Com prejuízos mensais superiores a 10 mil euros, e que a Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos, estima possa chegar aos 140 mil euros no final do ano, os Bombeiros de Salvaterra de Magos pedem ao INEM e Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil que os “possa socorrer”.


A Associação tem um encargo mensal, só em recursos humanos, de cerca de 26 mil euros, o que leva a que a Direcção presidida por Luís Martins, tenha que fazer uma rigorosa e criteriosa gestão da sua actividade, sendo que “os recursos humanos serão sempre a nossa prioridade”, diz-nos o Presidente, que confessa ao NS que tem que atrasar os pagamentos a alguns fornecedores e outras entidades de modo a garantir o cumprimento de todas as responsabilidades da associação.


A pesar nas contas da corporação estão as dezenas de socorros que realizam mensalmente fora do concelho de Salvaterra de Magos, o que faz acumular quilómetros.


“Realizar um serviço em Coruche, por exemplo, faz-nos facilmente percorrer mais de 200 quilómetros, ao preço que estão os combustíveis e com o protocolo existente, estamos a perder dinheiro”, lamenta Luís Martins, que nos apresenta os números da corporação nos últimos meses.


Com cerca de 350 situações de emergência pré-hospitalar atendidas por mês, muitas delas fora do concelho de Salvaterra de Magos, os Bombeiros de Salvaterra de Magos foram uma das corporações no distrito de Santarém prejudicada com o novo protocolo realizado com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que beneficia quem realiza menos intervenções, mas acabou por prejudicar quem faz mais quilómetros em socorro.


Se até Novembro de 2021 a associação era ressarcida em cerca de 20 mil euros, além da compensação ajustável ao número de ocorrências, que poderia fazer ascender o valor mensal a 28 mil euros, com o actual protocolo em vigor, os Bombeiros de Salvaterra de Magos dificilmente recebem mais de 14 mil euros, sendo que o número de ocorrências aumentou significativamente, tendo em conta, sobretudo, o número de saídas solicitadas para fora do concelho, tendo em conta a situação em que se encontram diversos corpos de bombeiros, onde a falta de operacionais as impede de ocorrer às emergências.


Com a débil situação financeira, a actual Direcção da Associação Humanitária, teme que a corporação possa vir a sofrer de problemas idênticos aos que só com muito esforço e dedicação foram recentemente ultrapassados, e que todos ainda se recordam.


Inoperacionalidade de viaturas deixa bombeiros no quartel e emergências sem resposta


Com três ambulâncias inoperacionais, duas por acidentes a caminho de emergências e uma por avaria, a corporação tem apenas três veículos de socorro, o que tem levado a que apesar de ter cerca de 60 operacionais disponíveis, tenha que negar muitos socorros aos quais poderia responder.


Também a nível de viaturas de combate a incêndios a corporação está deficitária, e teme pelo futuro, depois de uma ter ardido numa ocorrência e duas terem sofrido avarias graves.


INEM e Autoridade Nacional ignoram pedidos de reunião


Desde o final de 2021 que a Associação Humanitária que gere o corpo de Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos tenta reunir com INEM e Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, e nem mesmo os contactos oficiais realizados pela autarquia desbloquearam a situação.


A Associação pretende apresentar às entidades a sua real situação, bem como o ponto de situação da região, onde se têm revelado peça fundamental no socorro à população.


Fonte: Noticias do Sorraia

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