Presidente da AMAL defende criação de “batalhão regional” de bombeiros profissionais - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 28 de junho de 2022

Presidente da AMAL defende criação de “batalhão regional” de bombeiros profissionais

 


O presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, António Miguel Pina, defendeu ontem a criação de um “batalhão regional” de bombeiros profissionais, alegando que a Proteção Civil não pode “depender” do voluntariado.


“É preciso pensar num batalhão regional profissional para o combate aos fogos florestais, para dotar o comandante [regional] de forças diretas sob a sua coordenação”, alertou em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação do dispositivo “Algarve Seguro”, em Faro.


Para António Miguel Pina, o tema dos fogos florestais “tem de ser, de uma vez por todas, olhado de frente, porque [o combate] assenta, essencialmente, em forças de voluntariado, em associações voluntárias”.


Das 17 corporações na região algarvia, apenas quatro corpos são municipais e 13 são geridos por associações humanitárias. A Proteção Civil do Algarve conta com um total de 1.191 bombeiros.


"Parente pobre" da Proteção Civil


Considerando que o comandante regional “depende de associações voluntárias”, o líder da AMAL acrescentou que “todo o combate aos fogos florestais é feito, na generalidade, por associações de bombeiros voluntários” e que este setor “é o ‘parente pobre’ da Proteção Civil”.


“Imagine o que era uma PSP ou uma GNR feita também por voluntários”, questionou.


O paradigma “tem de mudar” e os autarcas algarvios exigem a mudança. “O caminho faz-se caminhando, mas é preciso alertar para a importância da alteração do paradigma de combate aos fogos florestais”, sustentou o presidente da AMAL e autarca de Olhão.


O comandante regional Vítor Vaz Pinto lembrou ontem que o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para a época alta algarvia em 2022 inclui 182 recursos técnicos terrestres, 776 recursos humanos, 12 postos de vigia, 29 equipas de vigilância, 20 equipas de de vigilância e ataque inicial e 89 equipas de combate.


Em relação aos sapadores florestais, que têm 13 equipas no Algarve, ficará pré-posicionada em Loulé uma máquina de rastos do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).


O DECIR integra ainda, no âmbito das Forças Armadas, quatro equipas de patrulhamento e vigilância e uma equipa ao abrigo do Plano Faunos.


No âmbito da emergência médica, constituem meios de reforço uma ambulância do INEM posicionada em Tavira e dois equipamentos de Desfibrilhação Automática Externa (DAE) nas ilhas de Tavira e Armona, estando igualmente disponíveis oito postos de emergência médica.


A fiscalização da atividade marítima terá mais 10 meios da Autoridade Marítima Nacional, com 53 militares, e também 525 nadadores salvadores.


No seu discurso, o ministro da Administração Interna destacou que, na resposta aos incêndios florestais, o Algarve conta com um dispositivo “robusto e dotado no plano humano, material e tecnológico”, impondo-se também dar prioridade aos programas de sensibilização junto das populações do interior.


“O território algarvio é particularmente vulnerável aos grandes incêndios rurais, exigindo um aturado empenho na prevenção e, quando necessário, um elevado esforço no combate”, apontou José Luís Carneiro.


Fonte: Região Sul

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