Operacionais dos Bombeiros Voluntários do Porto Admitem Entregar os Capacetes - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Operacionais dos Bombeiros Voluntários do Porto Admitem Entregar os Capacetes

 


Os operacionais dos Bombeiros Voluntários do Porto, que estão em rota de colisão com a atual Direção, admitem entregar os capacetes se, no final do ano, se esta se recandidatar.


O anúncio foi feito esta quinta-feira ao JN, na sequência da assembleia-geral que decorreu na noite de quarta-feira e em que foi aprovada a mudança dos estatutos da associação humanitária.


"Se a atual direção se recandidatar, os voluntários entregam os capacetes, porque as pessoas estão cansadas de lidar com ilegalidades", desabafaram dois dos bombeiros. O sentimento é generalizado entre os operacionais.


Segundo o JN conseguiu apurar junto de sócios que assistiram à reunião, "uma das normas de funcionamento que foi alterada permite agora que elementos da direção ou pertencentes aos órgãos sociais da instituição possam recandidatar-se mesmo estando implicados em processos judiciais". O que não era permitido até agora.


Isto impediria Gustavo Pereira, atual presidente da direção, de recandidatar-se nas próximas eleições da associação humanitária dos Bombeiros Voluntários do Porto, marcadas para o final do ano. É que, como o JN já noticiou, a Procuradoria-Geral da República confirmou que estão em curso dois processos de investigação no Ministério, incluindo um pedido de destituição da direção.


O JN voltou a contactar telefonicamente esta quinta-feira o presidente da Direção, Gustavo Pereira, mas não obteve resposta.


Sócios e bombeiros contestam, "mais uma vez, várias ilegalidades" que decorreram na assembleia-geral desta quarta-feira.


Além de não terem sido dadas senhas de acesso ao Zoom (via Internet) a todos os sócios que queriam assistir à reunião, não foi igualmente facultada imagem da sessão, não podendo os inscritos verificarem quem estava presente.


Do mesmo modo, a direção da corporação não terá aceitado as procurações de sócios que não conseguiram estar presentes.


Os novos estatutos foram aprovados em pouco mais de meia hora, ficando por responder muitas questões levantadas pelos sócios.


Situação está insustentável


Há meses que a corporação da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Porto não assegura serviços de socorro, à exceção de fogos. Com o despedimento de nove funcionários, entre os quais sete bombeiros (incluindo o comandante José Carlos Coelho) e dois telefonistas, há dias, como o domingo, em que não há operacionais para responder aos pedidos de ajuda.


O comandante confirmou ao JN que "toda a gente está cansada da situação insustentável" que se vive na corporação, salientando que depois dos "despedimentos ilícitos" pode contar "apenas com um bombeiro assalariado".


Gustavo Pereira é acusado pelos queixosos de ter tomado posse da associação "de assalto", de ter feito desaparecer equipamentos de proteção individual dos bombeiros, assim como rádios e aparelhos respiratórios das viaturas de socorro.


No rol das acusações consta ainda "uma ida à Alemanha do presidente e do tesoureiro da Direção para comprar uma ambulância que, embora tenha sido paga pela associação, nunca foi entregue.


Fonte: JN

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