Há vários anos que o perfil do incendiário assenta em indivíduos com baixas qualificações, residentes em zona rural, consumidores de álcool ou de outras dependências, e com um atraso cognitivo ou patologias do foro mental. As motivações assentavam no gosto pelo espetáculo do fogo, pelas sirenes, por vingança para com os donos dos terrenos e no lucro de terceiros pela madeira ardida.
Tudo isto devido à detenção de um indivíduo em Castelo Branco, responsável por mais de duas dezenas de incêndios desde 2017, alguns dos maiores que varreram o País, como o de Oleiros. Este indivíduo foge a todo e qualquer perfil. É culto, com formação superior, altamente qualificado, com uma vida estabilizada e profundamente inteligente. Usava temporizadores para que, quando ocorressem as ignições, ele pudesse estar noutro local, com outras pessoas, em suma, ter sempre um álibi. Até o motivo é totalmente novo e altamente perverso; o que motiva este indivíduo é ver a aflição, o pânico das pessoas a fugirem ao fogo.
Carlos Anjos in Correio da Manhã
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