Fogos Rurais Consumiram mais de 11 Mil Hectares no Primeiro Semestre - VIDA DE BOMBEIRO

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Fogos Rurais Consumiram mais de 11 Mil Hectares no Primeiro Semestre

 


Até 30 de junho ocorreram 3638 incêndios rurais que consumiram 11 030 hectares de área. O mês de março foi o que teve mais ignições.


Os incêndios rurais consumiram no primeiro semestre deste ano 11 030 hectares de território, o quarto valor mais elevado em área ardida desde 2011 no período em apreço.


No total, de acordo com o relatório provisório relativo ao semestre, apresentado esta quarta-feira, ocorreram 3628 incêndios, o terceiro valor mais reduzido desde 2011.


No entanto, os dois valores são inferiores à média dos últimos dez anos: 5845 incêndios (menos 38%) e 17 144 hectares (menos 36%).


Nuno Banza, do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, sublinhou que "nem sempre os resultados do primeiro semestre acompanham a tendência do ano". Tendo em conta a média da década, prosseguiu o presidente do ICNF, o número de incêndios "é baixo" tendo o período beneficiados de uma de "meteorologia benigna".


A distribuição mensal, não é diferente das dos últimos anos, em março (1285) e junho (1023) ocorreram mais incêndios. Em termos de território, dos mais de 11 mil hectares, a área ardida mais significativa concentrou-se em janeiro (1699 hectares) e em março (6688).


"Há dois grandes incêndios até ao momento, o incêndio de Louriga/Seia e o de Vale da Madeira /Pinhel, embora tenham tido uma área ardida inferior a 350 hectares", disse o responsável.


No ano de 2021 verifica-se um menor número de área em povoamento ardida no país (2332 Hectares), que representa 20% do total. "A área de floresta afetada por incêndios nunca foi tão baixa nos últimos dez anos. No ano de 2016 tinha sido a mais baixa, de 30%"


A maior parte da área consumida foi de matos: 7995 hectares: "Afetam sobretudo matos e podem ser fogos benéficos para a compartimentação da paisagem com perda de reduzido valor", prosseguiu.


O presidente do ICNF destacou ainda o número de comunicações ou pedidos para a realização de queimas e queimadas, que têm vindo a aumentar. Em 2019 foram feitos meio milhão de registos, no ano passado aproximadamente um milhão, e até 30 de junho cerca de 710 mil.


"É uma medida muito relevante porque está a permitir uma ligação mais próxima com as pessoas e, por outro lado, permite orientar a realização de fogo de gestão nos momentos e nos locais em que deve ocorrer", sublinhou.


30 detidos e duas mortes


A GNR investigou 2741 incêndios rurais, que corresponderam a 76% do total de fogos responsáveis por 91% da área ardida. As causas mais frequentes (até ao momento apuradas) são o "incendiarismo" por pessoas a quem foi imputada responsabilidade (13%), e o uso negligente do fogo (69%), como as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas e as queimadas de gestão de pasto para gado.


A GNR regista atualmente 30 pessoas detidas e 356 pessoas identificadas pelo crime de incêndio florestal.


O coronel Vítor Caeiro, da GNR, revelou que foram feitas 10 900 ações de sensibilização desde janeiro. "O objetivo é proteger a vida, o património edificado e a floresta", frisou, acrescentando que "os atos negligentes do cidadão têm causado a maioria das ocorrências até hoje.


O militar disse ainda que neste semestre ocorreu a morte de duas pessoas, na sequência da realização de queimadas realizadas de forma descontrolada.


Fonte: JN

Sem comentários:

Enviar um comentário