A ministra da Saúde, Marta Temido, voltou, esta terça-feira, a admitir que, se for necessário, o país terá de voltar atrás no desconfinamento, com medidas "em determinados eventos" e "eventualmente reduções nos horários dos espaços comerciais", abrindo a porta a novas restrições no comércio.
O Governo avalia esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, a nova fase de desconfinamento.
Na inauguração da nova unidade de saúde familiar da Alta de Lisboa, Marta Temido avisou que o Governo está a tentar "por todos os meios evitar recuos", mas reconheceu que "se o contexto o exigir o faremos". "Não há receitas mágicas ou milagrosas, tem de ser uma responsabilidade de todos nós e do governo a adoção de medidas. Estamos todos os dias a tentar inverter a tendência".
Esta terça-feira, registaram-se 1020 novos casos de infeção no país, dos quais 648 em Lisboa e Vale do Tejo e mais seis mortos por covid-19 nesta região. A ministra mostrou preocupação com o aumento de casos e a nova variante Delta "porque é mais transmissível" e garantiu estar a fazer um esforço para "equilibrar vacinação, testagem e medidas não farmacológicas". Na região de Lisboa e Vale do Tejo a incidência desta variante é de "mais de 60%", no Norte de "menos de 15%".
Números preocupantes que levaram o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, a reconhecer que a situação na Área Metropolitana de Lisboa "não vai conhecer uma situação de melhoria durante esta semana, aliás pelo contrário". "Estamos a assistir a algum agravamento da situação como era expectável".
Os números de incidência no Algarve também preocupam o Governo, uma vez que o índice de transmissibilidade está acima de 1. Marta Temido disse que estes números são "de alguma forma preocupantes" e que espera ter resultados mais "robustos" nos próximos dias, que ajudarão a avaliar a transmissão da variante delta na região.
Fonte: JN
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