O “caráter excecional, violento e único” do incêndio de Pedrógão Grande foi esta segunda-feira destacado em Tribunal por João Guerreiro, presidente da Comissão Técnica Independente que foi criada pela Assembleia da República, para apurar as causas da tragédia de junho de 2017.
Ouvido na terceira sessão de julgamento, em que se apuram responsabilidades nas mortes, o professor universitário reformado referiu-se várias vezes à “situação explosiva” em que se tornou o incêndio, por causa das condições meteorológicas (altas temperaturas e humidade baixa), da dispersão das habitações e do tipo de vegetação, “com uma carga combustível muito pesada e sem limpeza nas propriedades e laterais das estradas”.
Na sua opinião, a tragédia deveu-se a uma “conjugação de falhas estruturais de gravidade diversa”. “Houve um conjunto de ausências de intervenção que levaram a esta situação” explicou.
Fonte: Correio da Manhã
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