A Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga celebrou esta terça-feira 222 anos de vida, com uma cerimónia solene onde participaram elementos da Câmara e da proteção civil distrital, para além dos operacionais e do comandante e restante chefia.
O comandante João Felgueiras lamentou que a pandemia tenha forçado a que esta cerimónia não fosse aberta ao público em geral, e apontou essa mesma pandemia como algo que marcou o ano de 2020 e agora, em 2021. “Atirou-nos para uma realidade só conhecida na ficção”, disse.
O responsável pelos operacionais destacou a continuidade da capacidade de socorrer, e a garantia da não-contaminação dos profissionais, relembrando, no entanto, quando uma vaga atingiu um dos turnos dos Sapadores: “Cada vez com mais certeza aponto como tendo tido origem no combate a um incêndio no Hospital de Braga. Todos os poucos restantes casos de covid-19 aconteceram em contexto familiar ou social, fora da companhia”.
Altino Bessa, vereador da Proteção Civil, destacou os “homens e mulheres que neste período têm sido o suporte e a retaguarda daquilo que são as necessidades de socorro à população”.
“Nesta pandemia, fomos confrontados com novos desafios, novos receios, porque estes homens e mulheres estavam preparados, tinham mais conhecimento, mais equipamento, para fazer face aos desafios normais do dia-a-dia. Mas ninguém estava preparado para esta pandemia, e para dar resposta a outros que precisavam, que não os abandonássemos e estivéssemos presentes, e foi isso que fizeram”, disse.
Altino Bessa recorda o transporte de doentes covid, logo no inicio da pandemia, desinfeções em lares e outros espaços públicos, com ajuda das instituições, para dar tranquilidade às populações, “porque a presença dos bombeiros dá sempre essa tranquilidade”.
Destacou ainda o trabalho dos bombeiros relativamente às vacinações. “É por isso que são bombeiros profissionais, honram o serviço que prestam à população. Muito obrigado pelo vosso trabalho. Da nossa parte continuaremos a contribuir para o vosso bem-estar”.
O vereador destacou ainda aquisição de novas viaturas, entre as quais duas moto-quatro para “ajudar na vigilância e no rescaldo com mais e melhor equipamento”, em investimento que, na totalidade, terá ascendido a 700 mil euros, incluindo outros melhoramentos feitos nos quartel. Anunciou ainda que já foi adjudicado um contrato para colocar painéis foto-voltáicos, num investimento de 104 mil euros.
Já Ricardo Rio recordou que, “há oito anos, estavam todos num quartel obsoleto”, destacando todo o apoio dado pelo município em relação a equipamentos e também a meios humanos, realçando a dimensão humana das “primeiras bombeiros ao serviço da companhia”.
Abordou ainda uma possível compra de uma autoescada para fazer face a ocorrências onde seja necessário um equipamento melhor do que atual.
Fonte: O Minho
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