Nuno André Ferreira Arrecada Um Terceiro Lugar nos Prémios World Press Photo com a Fotografia "Fogo na Floresta" ("Forest Fire") - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 15 de abril de 2021

Nuno André Ferreira Arrecada Um Terceiro Lugar nos Prémios World Press Photo com a Fotografia "Fogo na Floresta" ("Forest Fire")

 


Os prémios World Press Photo 2021, os mais importantes do fotojornalismo, começaram a ser conhecidos esta quinta-feira e há um português galardoado. Nuno André Ferreira, da agência Lusa, arrecadou o terceiro lugar na categoria Notícias Locais, com a fotografia "Fogo na Floresta" ("Forest Fire").


Ao longo da tarde, serão também conhecidas a Foto do Ano e a Reportagem do Ano da edição de 2021 dos prémios.


A fotografia de Nuno André Ferreira foi tirada durante um incêndio em Oliveira de Frades, Viseu, a 7 de setembro de 2020. Na foto, uma criança dentro de um carro olha curiosa para o fotógrafo, ignorando o fogo que consome a floresta no fundo da paisagem.

O fotojornalista da Lusa ficou atrás de Evelyn Hockstein, fotojornalista americana do Washington Post, e de Nadia Buzhan, fotojornalista da Bielorrússia.


Hockstein venceu a categoria com a fotografia "Debate sobre o Memorial da Emancipação" (também nomeada para Foto do Ano), na qual uma mulher negra que defende a retirada do Memorial da Emancipação ouve um homem branco discutir com ela. Para o júri do prémio, a fotografia representa o debate sobre o racismo na América e no mundo. “Podemos sentir a dor desta mulher, compreender as suas emoções. Do lado direito dela está o homem a discutir, a estátua ao fundo. É muito raro captar tudo o que se tem para contar numa só foto”, afirmou Mulugeta Ayene, fotógrafo que faz parte do júri.


A vencedora da categoria de Notícias e nomeada para Foto do Ano foi a fotografia "O Primeiro Abraço", do dinamarquês Mads Nissen. A foto não foi na Dinamarca, mas sim em São Paulo, no Brasil, onde Nissen capturou o momento em que uma enfermeira, Adriana Silva da Costa Souza, abraçou uma mulher de 85 anos no lar Viva Bem.


A mulher, Rosa Lunardi, não era abraçada há cinco meses e a fotografia é um retrato da pandemia e do trabalho de proximidade dos profissionais de saúde durante o último ano.


Na mesma categoria de Notícias, mas na subcategoria de reportagem, venceu a série "Paraíso Perdido", do fotógrafo russo Valery Melnikov, da Sputnik. A reportagem está nomeada para Reportagem do Ano e uma das fotos incluídas, "Deixar a Casa em Nagorno-Karabakh", está nomeada para Foto do Ano.


Nayantara Gurung Kakshapati, presidente do júri do Concurso de Fotografia de 2021, explica que a reportagem "capta os conflitos mais recentes ocorridos em Nagorno-Karabakh. É uma das representações mais humanas da guerra que vi nos últimos tempos. Realmente dá-nos a noção de como é a vida quotidiana com perda diárias, de uma maneira silenciosa e longe dos olhos do mundo”.


No tema Assuntos Contemporâneos, venceu a fotografia "Iémen: Fome, outra ferida de guerra", de Pablo Tosco, que aborda como famílias na região estão a sobreviver à escassez de recursos devido ao conflito armado.


Na categoria de ambiente, a pandemia é mais uma vez o foco. Em "Leão-marinho da Califórnia brinca com máscara", a natureza entra em contacto com o objeto mais usado no último ano. “Adoro a natureza dupla desta fotografia. Mesmo debaixo d'água, não podemos escapar à pandemia”, diz Kathy Moran, um dos membros do júri e vice-directora de Fotografia da National Geographic.


Fonte: Renascença

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