Realizou-se nos passados dias 25 e 26 de março o Congresso Resuscitation 2021, no decorrer do qual o European Resuscitation Council (ERC) divulgou as mais recentes orientações no âmbito da atuação e educação em reanimação para toda a comunidade científica.
A atualização das guidelines de reanimação não apresenta alterações muito significativas relativamente às orientações emanadas em 2015, incorporando e sistematizando as evidências científicas em matéria de reanimação recolhidas nos últimos anos e clarificando alguns aspetos.
Algumas das indicações mais relevantes destas novas recomendações podem ser sintetizados nos seguintes pontos:
- A otimização dos diferentes elos da cadeia de sobrevivência mantém-se como um requisito essencial para melhorar as hipóteses de sobrevivência à PCR;
- O papel do cidadão, do centro de orientação de doentes urgentes e dos profissionais que diariamente respondem à emergência são reforçados;Mantém-se a importância atribuída ao início precoce das compressões torácica eficazes e a minimização da interrupção das mesmas, assim como a desfibrilhação precoce;
- A localização dos elétrodos multifunções para desfibrilhação apresenta as seguintes alterações:– posição ântero-lateral preferencial, com o lateral na linha média axilar esquerda;– se dispositivo implantado, colocar o elétrodo multifunções afastado cerca de 8 cm;
- A abordagem da via aérea deve ser feita de forma gradual (básica à avançada), em função do treino e experiência do reanimador;
- Novas indicações/dosagens de fármacos revistas (ex. adenosina);
- Alterações às PCR em situações especiais, com a introdução de novos algoritmos específicos.
Após a divulgação destas guidelines pelo ERC, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) deu já início ao processo de revisão dos protocolos e algoritmos vigentes, visando a integração destas orientações na prática das equipas de emergência médica pré-hospitalar, assim como na formação.
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