"Passámos por Momentos Difíceis e Não Estamos Livres de Que Não Voltem" - VIDA DE BOMBEIRO

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

terça-feira, 2 de março de 2021

"Passámos por Momentos Difíceis e Não Estamos Livres de Que Não Voltem"

 


A ministra da Saúde foi entrevistada esta terça-feira na SIC, exatamente um ano depois do primeiro caso do novo coronavírus ter sido registado em Portugal. "Tivemos em janeiro uma situação muito complexa, semelhante àquela que alguns países passaram na primeira vaga, semelhante a que alguns países estão a passar agora e que, na minha perspetiva, foi fruto de um conjunto de circunstâncias que confluíram" naquele mês, começou por apontar Marta Temido.


"Acho que não há uma única causa explicativa", prosseguiu a governante, acrescentando que a circunstância de "termos entrado num desconfinamento numa fase em que os números ainda não estavam suficientemente baixos provavelmente precipitou que, depois, não tivéssemos conseguido recuperar daquele embate do mês de janeiro".


Também a circunstância de "termos uma nova variante", de ter sido um mês "em termos de temperaturas extremas muito difícil e a circunstância de, obviamente, os comportamentos não terem sido compatíveis com aquilo que eram estas três circunstâncias", enumerou a ministra.


Mas houve erro do Governo com o relaxamento das medidas no Natal? Marta Temido destacou que "não é por uma questão de não querer reconhecer o erro" e "se facilitar ou resolver alguma coisa, da minha parte reconhecimento do erro é, de facto, aquilo que menos custa".


A questão, para a governante, é outra. "Qual destas circunstâncias, efetivamente, levou a que tenhamos tido" a situação que se passou: "Começamos a subir o RT no dia 25 de dezembro e nós temos uma subida dos dias 25 a 30. Depois, do dia 1 ao dia 12 de janeiro, temos um RT que continua alto mas começa a baixar. Tanto que há uma altura nos primeiros dias de janeiro em que nos confrontamos com uma incidência elevada, mas que pensamos que o pico já teria passado".


Contudo, prosseguiu, o RT voltou a subir do dia 12 ao dia 18. "Só no dia 18 começou a decrescer". Temido explicou que "se olharmos para estas datas e virmos os comportamentos tomados em cada uma destas, não encontramos uma coerência que possa levar a uma explicação única".


Houve falta de planeamento?


Reiterando que a questão não se prende com o "não gostar da acusação ou de não gostar da crítica", Marta Temido chamou a atenção para o facto de estarmos "perante uma doença nova" que "todos os dias nos tem surpreendido" e que tem "evoluído".


"Nesse contexto, é muito importante dizer que há coisas que ninguém pode planear", indicou, acrescentando que, "se alguém garantir que pode planear, penso eu, que não estará a falar verdade".


Questionada por Clara de Sousa se teve falta de força política da sua parte para impor o plano, Marta Temido respondeu que este foi "inteiramente realizado". "Nós não tivemos um caos instalado, tivemos uma situação extraordinariamente complexa em termos epidemiológicos que, como referi no auge do pico da terceira vaga, iriamos conseguir superar e superámos".


A ministra da Saúde frisou também que "passámos por momentos muito difíceis e não estamos livres de que eles não nos voltem a acontecer".


Recorde-se que António Costa e Marta Temido visitaram o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, com a ministra a salientar que "não podemos deixar de nos emocionar com aquilo que foi a capacidade dos nossos profissionais de saúde".


"Hoje, quando olhamos para trás, quase que sorrimos com algumas as nossas primeiras inocências perante uma doença nova que veio alterar tão radicalmente a nossa vida [...].Várias vezes tropeçámos uns nos outros com os olhos um pouco marejados de lágrimas, porque houve gente que morreu, gente que adoeceu e ficou com sequelas e há marcas que não vão sair na forma como nos relacionamos com os outros", recordou ainda.


Anteriormente, após a reunião com os seus homólogos europeus, a governante tinha reiterado que o grande objetivo da União Europeia é "ter 70% da população europeia vacinada até ao final do verão".


Fonte: Noticias ao Minuto

Sem comentários:

Enviar um comentário