Festa ilegal nos Bombeiros de Espinho deixa 16 Operacionais em Isolamento Após Caso Positivo de Covid-19 - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 13 de fevereiro de 2021

Festa ilegal nos Bombeiros de Espinho deixa 16 Operacionais em Isolamento Após Caso Positivo de Covid-19

 


O comandante dos Bombeiros do Concelho de Espinho, Pedro Louro, vai atuar disciplinarmente sobre 14 bombeiros que, na noite de 8 de fevereiro, promoveram uma confraternização na cozinha do quartel. Considerando o sucedido como o "dia da vergonha alheia", o comandante garante que vai, ainda, comunicar o sucedido ao Ministério Público.


Num comunicado interno, Pedro Louro explica que, na noite de 8 de fevereiro uma brigada de serviço decidiu, "mesmo após ter sido advertida no dia 16 de janeiro, realizar um convívio dentro da cozinha".


Um espaço que está assinalado com lotação máxima seis pessoas, "em que todos os dias se espera à hora de almoço para poder entrar, estiveram 14 bombeiros a confraternizar, obviamente sem máscara".


No dia 11, altura que foi conhecida a situação e que um dos bombeiros testou positivo, o comandante, que efetuou o comunicado, diz-se "revestido de vergonha". "Não vergonha pessoal. Mas sim vergonha alheia", afirmou. "Aliás, 11 de fevereiro de 2021 deve ficar registado neste CB (Comando de Bombeiros) para memória futura como o dia da vergonha alheia".


Recorda que, por causa da confraternização, ficaram "de um momento para o outro sem 16 bombeiros ao serviço, pois foram colocados em vigilância ativa por determinação da Autoridade de Saúde local". "Simplesmente porque foram desrespeitadas todas as regras instituídas", acrescentou.


"Por isso mesmo, e porque não será o Comandante o responsável por encobrir a responsabilidade de outros perante as instituições que referi e perante a população que temos o dever de servir, que legitimamente tem o direito de se sentir defraudada", disse.


Prometeu inteirar-se da necessidade de "comunicar o sucedido ao Ministério Público, a quem competirá apreciar judicialmente o sucedido". "Internamente, irei, sem qualquer hesitação e com mão pesada, desencadear de imediato ação disciplinar sobre todos os presentes no convívio, pois é claro o desrespeito por todo o contexto atual de pandemia".


Paralelamente à ação disciplinar decidiu, ainda, cancelar certas regalias como o funcionamento do ginásio, os dias de férias complementares atribuídos aos Bombeiros envolvidos com vínculo profissional referentes ao ano de 2020 e a escala de mérito referente ao ano em curso para os mesmos Bombeiros.


Ainda, decidiu cancelar a atribuição de qualquer condecoração, louvor ou referência elogiosa aos envolvidos no presente ano, entre outras ações.


Por último, Pedro Louro diz "pedir desculpas", porque, apesar de todos os esforços, "não termos conseguido implementar mecanismos que evitassem comportamentos como os verificados pondo-nos a todos em causa". "Resta-me corrigir exemplarmente a situação, garantindo que nunca mais se volta a repetir algo semelhante, e de forma a se perceber que a disciplina é mesmo um pilar desta instituição (...).


Fonte: JN

Foto: Correio da Manhã 

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