A Agência Europeia do Medicamento aprovou, esta quarta-feira, a vacina contra a covid-19 produzida pela empresa de biotecnologia norte-americana Moderna.
"Esta vacina fornece-nos outro instrumento para superar a emergência atual", diz, em comunicado, Emer Cooke, Director-Executivo da EMA. "Termos esta vacina em pouco menos de um ano é uma prova dos esforços e empenho de todos os envolvidos".
"Como em todos os medicamentos, iremos monitorizar de perto os dados sobre a segurança e eficácia da vacina para assegurar a proteção contínua das pessoas na União Europeia. O nosso trabalho será sempre orientado pelas provas científicas e pelo nosso empenho em salvaguardar a saúde dos cidadãos da UE".
Um ensaio clínico mostrou que a vacina Moderna covid-19 foi eficaz na prevenção da covid-19 em pessoas a partir dos 18 anos de idade, revela a EMA, que dá a indicação de uso da vacina em duas tomas, separadas por 28 dias.
"O ensaio mostrou uma redução de 94,1% no número de casos sintomáticos de covid-19 nas pessoas que receberam a vacina (11 das 14.134 pessoas vacinadas tiveram covid-19 com sintomas), em comparação com as pessoas que receberam injeções placebo (185 das 14.073 pessoas que receberam injeções fictícias tiveram covid-19 com sintomas). Isto significa que a vacina demonstrou uma eficácia de 94,1% no ensaio, explica o comunicado.
O ensaio também demonstrou uma eficácia de 90,9% nos pacientes com risco de contrair uma forma grave de covid-19, incluindo aqueles com doença pulmonar crónica, doença cardíaca, obesidade, doença hepática, diabetes ou infeção por VIH. A elevada eficácia foi também mantida entre géneros, raças e grupos étnicos.
Esta é a segunda vacina contra a covid-19 a ser aprovada na União Europeia, depois de a Agência Europeia do Medicamento ter dado autorização "para uso de emergência" à vacina desenvolvida pela Pfizer-BioNTech, a 21 de dezembro, com a vacinação a arrancar na maioria dos países membros a 27 de dezembro.
A vacina da norte-americana Moderna contra a covid-19 apresenta como vantagem o facto de poder ser transportada e armazenada por seis meses a 20°C negativos, temperatura da maioria dos congeladores domésticos ou médicos, e de resistir até 30 dias em condições normais de refrigeração após o descongelamento.
Fonte: JN
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