O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, afirma que a grande maioria dos doentes que chegam de ambulância "não justifica o recurso a uma urgência hospitalar". A instituição vai pedir ao SNS 24 que encaminhe as situações menos graves para os centros de saúde.
Em comunicado, o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), que também engloba o Hospital Pulido Valente, explica que "quase metade dos doentes" é transportada de ambulância, mas "só 15% apresentam situações que justificam o recurso a uma urgência hospitalar".
"Os restantes 85% são triados com prioridade verde ou azul [as menos graves], representando uma sobrecarga evitável", diz o documento enviado às redações nesta noite de quarta-feira.
A explicação do hospital surge depois de, segundo a TVI 24, os bombeiros se terem queixado, num protesto silencioso - com as luzes de sinalização ligadas -, de falta de apoio da Proteção Civil. Alguns estavam desde manhã sem receber comida.
Há vários dias que se repetem os relatos de filas de ambulâncias à espera de deixar os doentes no hospital.
O centro hospitalar explica que "70% dos doentes atendidos hoje na urgência de Santa Maria são provenientes das áreas de outros hospitais". Também apela à população para que só recorra ao transporte de ambulância em situações justificadas.
No documento, o CHLN adianta ainda que está a ampliar os postos de atendimento em simultâneo da urgência, de 33 para 51, e que está a diligenciar junto da Saúde 24 para que "os utentes enviados com situações de baixa prioridade clínica passem a ser encaminhados para os centros de saúde".
Mais 24 camas em enfermaria
O CHLN tinha esta tarde um total de 287 doentes internados com covid-19: 233 em enfermaria e 54 em cuidados intensivos.
Em declarações ao JN, o centro hospitalar revelou ter nesta altura 249 camas de enfermaria e 55 de cuidados intensivos, para doentes com covid-19. E ainda que a "capacidade tem sido escalada em função da pressão assistencial".
Segundo a instituição, está planeada a "abertura de mais uma enfermaria de 24 camas e de mais vagas de cuidados intensivos ainda esta semana".
Fonte: JN
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