Um agente da PSP de Évora morreu depois de ter sido atropelado no sábado à noite, em Évora. A vítima ajudava uma mulher que estava a ser agredida na rua pelo companheiro, guarda prisional em Sintra, entretanto detido.
O atropelamento de António Doce, 45 anos, do Comando Distrital de Évora, ocorreu por volta das 21.45 horas, na zona do Rossio de S. Brás, na sequência de uma agressão a uma mulher na via pública. "O agressor arrastou a mulher pelo chão e obrigou-a a entrar numa viatura. No local, encontrava-se um polícia da Polícia de Segurança Pública (PSP), fora de serviço, que presenciou as agressões. De imediato o polícia, em cumprimento da sua missão, interveio para fazer cessar o crime em curso", informou hoje a força de segurança, em comunicado, dando conta de que, ao tentar impedir a fuga do agressor, o agente foi atropelado pela viatura que o homem conduzia e arrastado cerca de 40 metros.
De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora, o agente ainda foi transportado em estado grave para o Hospital de Évora, mas acabou por morrer. "Infelizmente, devido à gravidade das lesões sofridas na intervenção policial, o Polícia, pelas 00.54 horas de hoje, acabou por falecer", confirmou a PSP.
O agressor conseguiu fugir, mas acabou por ser intercetado por guardas da GNR, na zona de Alcabideche. Segundo informações recolhidas pelo JN, o suspeito será guarda prisional em Sintra. Por se tratar de um homicídio, o caso passou agora para a alçada da Polícia Judiciária.
"Intencionalmente e covardemente atropelado"
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, manifestou, em comunicado, "profundo pesar pela morte do agente", endereçando "as mais sentidas condolências aos familiares, amigos e a todos os polícias da Polícia de Segurança Pública que diariamente cumprem de forma abnegada a sua missão".
Numa mensagem publicada no Facebook, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) lamentou o sucedido, notando que a "PSP está de luto por mais este trágico acontecimento". Também pela mesma via, o Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) lamentou que o agente, casado e com dois filhos, tenha sido "intencionalmente e covardemente atropelado". "Mais um colega assassinado, mais uma vida sem valor. Apresentamos, neste momento de Dor as nossas condolências à família, amigos e colegas", acrescenta.
A PSP "contactou os familiares e disponibilizou-lhes todo o apoio, nomeadamente psicológico", apresentando as mais sinceras condolências aos familiares, amigos e a toda a "família policial". "A PSP enaltece a ação do Polícia que, honrando a condição policial, levou até às últimas consequências o seu juramento de 'dar a vida, se preciso for', na permanente defesa e proteção dos nossos concidadãos", remata o comunicado.
Fonte: JN
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