O presidente da corporação reconheceu que os efeitos da pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, que provoca a covid-19, “estão agora a sentir-se em força com a paragem de transportes de doentes e serviços”.
“Em tempos normais faturávamos [com o transporte de doentes e serviços] entre 15 a 20 mil euros por mês, isto até março. Neste momento não estamos a faturar sequer metade daqueles valores. Na primeira fase da pandemia não sentimos tanto, porque estávamos a receber os pagamentos dos meses anteriores, mas agora já não”, disse. A situação, adiantou, “só não é pior porque os empréstimos que tínhamos feito para adquirir viaturas estão a beneficiar de moratórias, mas estas ajudas não são eternas e as viaturas têm que ser pagas”.
Câmara recusa empréstimo e deixa de pagar seguros
Para José Gonçalves, a autarquia “também podia ajudar mais” a corporação. “Pedimos ajuda já em março, não nos foi dada. Pedimos que a câmara desse o aval necessário para o empréstimo bancário, não deu e ainda deixou de pagar os seguros de trabalho que pagavam há anos. Só isto representa mais 10 mil euros de despesas anuais para a corporação”, apontou.
José Gonçalves lamenta a “falta de ajuda da câmara”, mas realça as ajudas das juntas de Freguesia: “Felizmente quase todas as juntas têm ajudado com pequenos subsídios que não chegam mas vão ajudando”, referiu. “Nós não somos uma associação como outra nem uma empresa. Os bombeiros, pela natureza da sua atividade, não podem fazer ‘lay-off’, nem deixar de funcionar, o socorro às populações não poder ser posto em causa”, lembrou.
Fonte: Semanário V
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