Chama-se Cardio Drone e tem como objetivo munir cada concelho de um drone equipado com um desfibrilhador. O projeto é apresentado esta quarta-feira na praia de Espinho, e prevê-se que esteja operacional no próximo ano.
A iniciativa está a ser desenvolvida por várias entidades, entre elas o Movimento Salvar Mais Vidas, e pretende ultrapassar um défice estrutural do socorro de saúde em Portugal. Metade das ambulâncias não têm desfibrilhador.
O projeto reveste-se, assim, de uma importância adicional. Um dos encarregados da iniciativa, Gabriel Boavida, do Movimento Salvar Mais Vidas, recorda um exemplo recente.
"Lembro-me que há três semanas em Portugal, um bombeiro teve uma paragem cardiorrespiratória. A ambulância que chegou para o socorro não tinha desfibrilhador. A existência de um cardio drone no teatro de operações teria feito toda a diferença", garante.
Gabriel Boavida adianta que desfibrilhar uma paragem cardiorrespiratória nos primeiros seis minutos, aumenta a percentagem de sucesso em 80%. Esta é uma "via verde" para o socorro.
"É uma via verde que faz sair o drone, e muito provavelmente será o primeiro meio de socorro a chegar. Em qualquer parte da Europa, os meios de emergência demoram cerca de 11 minutos a chegar à vítima. Este drone permite cobrir um raio de dez quilómetros em cinco minutos. Fará toda a diferença", assume.
O drone é acionado por um socorrista de proximidade, como os nadadores salvadores. Através de uma aplicação de telemóvel é chamado o drone equipado com um desfibrilhador e mobiliza-se, igualmente, os restantes meios de socorro.
Fonte: TSF
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