Do Socorro à Investigação: Tudo Sobre a Queda do Canadair no Gerês - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Do Socorro à Investigação: Tudo Sobre a Queda do Canadair no Gerês


Marcelo Rebelo de Sousa já confirmou que estará presente no funeral do piloto português que perdeu a vida no acidente. Investigação sobre a queda da aeronave está nas mãos das autoridades espanholas.

Em pleno combate a um incêndio no Gerês, um canadair português despenhou-se, no passado sábado, na zona do Lindoso, em Ponte da Barca. 

A queda do avião anfíbio pesado Canadair CL215, do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, do Centro de Meios Aéreos de Castelo Branco, ocorreu por volta das 11h20 e, na altura, as primeiras informações davam conta de que duas pessoas tinham ficado gravemente feridas e que o canadair se encontrava numa zona montanhosa de difícil acesso para os meios de socorro. 

Momentos depois, a Proteção Civil confirmou que as vítimas eram um piloto português e um copiloto espanhol que estavam a participar numa operação de 'scooping' (reabastecimento de depósito de água). Passado cerca de uma hora desde que foi dado o alerta às autoridades, um helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) terá chegado ao local. 

O piloto português, um homem de 65 anos, acabou por morrer no terreno, apesar das tentativas de reanimação realizadas pelos operacionais que revelaram que quando chegaram o piloto estava "em paragem cardiorrespiratória". O segundo piloto, de nacionalidade espanhola e de 39 anos, foi assistido e transportado em "estado grave" para o Hospital de Viana do Castelo. No domingo, o sobrevivente já se encontrava no Hospital de Braga  "estabilizado e fora de perigo".

Ainda durante o dia de ontem, o Presidente da República confirmou que vai estar presente no funeral do piloto português, cuja data ainda não foi revelada. "Tenho transmitido nos funerais das vítimas aos seus familiares aquilo que está no coração do povo português e farei o mesmo relativamente à vítima que está a ter transladada de Vigo para Leiria, não os esquecemos", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que no dia anterior já tinha apresentado condolências à família da vítima.

Acusações ao INEM e abertura de investigação

Logo no dia que se seguiu à queda da aeronave, o Jornal de Notícias noticiou que o INEM tinha demorado "Três horas para pousar a 300 metros das vítimas". Perante a informação, a organização divulgou um comunicado no qual revelava a cronologia da sua resposta de socorro ao canadair. "É falso que o helicóptero só tenha chegado ao local da ocorrência às 14h28 horas". 

O meio de emergência afirma ter aterrado "perto do local exatamente às 12h28", pode-se ler na nota partilhada. O Instituto destacou ainda que "as vítimas receberam, por parte do INEM, assistência médica diferenciada tão rapidamente quanto possível, num local de muito difícil acesso", manifestando ainda "profunda tristeza pela morte do Comandante Jorge Jardim". 

Entretanto, ainda no sábado o Ministério da Administração Interna (MAI) determinou à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a abertura de um inquérito ao incêndio que deflagrou no Parque Nacional da Peneda-Gerês e, em relação ao inquérito ao acidente com o canadair despenhado, fonte da investigação disse à Lusa que essa era uma responsabilidade de Espanha, devido ao facto de o acidente ter acontecido em território espanhol, a cerca de um a dois quilómetros da fronteira portuguesa.

O incêndio que lavra desde sábado em Portugal e Espanha, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, continua ativo, sem evolução, mas "os trabalhos decorrem favoravelmente" do lado português, segundo o último balanço divulgado durante a noite de ontem pela Autoridade Nacional de Emergências e Proteção Civil.

Fonte: Noticias ao Minuto

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