Aldeias Ameaçadas de Norte a Sul Num Dia com Mais de 300 Fogos - VIDA DE BOMBEIRO

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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Aldeias Ameaçadas de Norte a Sul Num Dia com Mais de 300 Fogos


Muitos fogos e ao mesmo tempo complicaram a quinta-feira aos 4600 operacionais no terreno. Sernancelhe e Mirandela no mapa das localidades aflitas.

Várias aldeias espalhadas pelo país estiveram na quinta-feira com o fogo à porta num dos dias "mais complicados" em termos de incêndios porque "houve muitos e ao mesmo tempo", afirmou o segundo-comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes. Às 17 horas havia 325 incêndios ativos e até às 17.30 horas já tinham sido mobilizados 4600 operacionais.

Às 19.30 horas, quando a Proteção Civil fez o balanço do dia, havia ainda 15 incêndios que preocupavam e que mobilizavam 1700 operacionais, apoiados por 546 veículos e 16 meios aéreos. Mas às 22 horas havia registo de 239 fogos ativos.

André Fernandes adiantou que, do total dos incêndios do dia, 46 registaram-se entre a meia-noite e as 12 horas. "É sempre estranho ignições às 2, 3 ou 4 da manhã", referiu, acrescentando que a simultaneidade dos fogos torna difícil a gestão do combate.

Bombeiros feridos e civil queimado com gravidade

Um sapador florestal e um bombeiro sofreram ferimentos ligeiros durante o combate a um fogo que lavrava desde a madrugada no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, em Porto de Mós. O incêndio entrou em fase de resolução às 20.40 horas.

Três elementos dos bombeiros voluntários de Mirandela tiveram de receber tratamento hospitalar devido a inalação de fumo no combate às chamas.

Uma bombeira da corporação do Fundão sofreu queimaduras no combate às chamas e foi transportada para o Centro Hospitalar da Cova da Beira, na Covilhã, com ferimentos considerados ligeiros.

O segundo comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, disse que há a registar um ferido grave, um civil queimado, no fogo de Alijó.

Idosos retirados de casa

Sernancelhe foi uma das principais preocupações do dia. Várias aldeias estiveram ameaçadas pelo fogo que começou cerca das 12 horas. Ao início da madrugada desta sexta-feira, 300 operacionais combatiam no terreno. "O incêndio continua ativo, com aldeias na linha de progressão, nomeadamente Granjal e Penso", disse ao JN o comandante distrital da Proteção Civil de Viseu, Miguel Ângelo.

A população de aldeia de Santo Estêvão-Forca, na freguesia de Carregal, não ganhou para o susto. "As chamas rodearam as casas, mas não houve necessidade de evacuar a aldeia", contou ao JN o presidente da Junta, Vitor Rebelo. Mesmo assim, por precaução, a GNR retirou de casa alguns habitantes da aldeia de Forca, nomeadamente idosos, para o centro da aldeia, adiantou Fábio Lamelas, da GNR de Viseu.

Detido em Mirandela

Mirandela viveu igualmente horas de pânico num incêndio que poderá ter sido provocado por um indivíduo de 51 anos que estava a realizar trabalhos agrícolas com uma máquina e que terá, segundo a PSP que o deteve, sido negligente.

O fogo deflagrou a meio da manhã, numa zona de mato próximo da estrada nacional 15, à entrada de Mirandela, junto ao nó de acesso à A4 e rapidamente as chamas chegaram próximo da estrada onde está uma estação de serviço que tem um posto de combustíveis, mas a pronta intervenção dos bombeiros levou à extinção do incêndio nas imediações.

O fogo foi controlado ao final da manhã, mas ao início da tarde, o vento forte reacendeu as chamas que passaram a lavrar em mato em direção à localidade de Eixes, ameaçando habitações, com as autoridades a mandarem sair alguns moradores, por questões de segurança.

Fonte: JN

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