José Teixeira ocupava ilegalmente um prédio abandonado na rua Pinto Bessa, no Porto, juntamente com a companheira.
Em maio do ano passado permitiu que um homem e uma mulher, também eles sem-abrigo, passassem a viver no local a troco de uma ‘renda’ de 100 euros. Pouco tempo depois, o casal deixou de pagar.
O ‘inquilino’ ameaçou ainda que iria contar às autoridades que José tinha colocado um cão, do qual era dono, no caixote do lixo. Para se vingar, o arguido ateou fogo ao prédio onde todos viviam ilegalmente.
O caso remonta a 29 de julho do ano passado, sendo que, logo após ter ateado o fogo, José deu uma entrevista à CMTV na qual relatava ter vivido momentos de pânico. Foi detido pela PJ e está agora a ser julgado por um crime de incêndio. Conhece o acórdão já esta quinta-feira.
O incêndio destruiu por completo o prédio e causou danos num edifício contíguo e em carros. No total, o prejuízo ultrapassou os 120 mil euros.
Segundo a acusação do Ministério Público, José, de 60 anos, ocupava o prédio há mais de dois anos. No dia do crime, o arguido usou um isqueiro e ateou fogo a um colchão, que tinha já colocado perto da zona do prédio que o casal de ‘inquilinos’ ocupava.
As chamas atingiram rapidamente todo o edifício.
"O arguido agiu por vingança e com o propósito de o fogo se propagar, como se propagou, a todo o imóvel, conformando-se com a hipótese de o mesmo alastrar a outros prédios e outros bens", diz a acusação.
O arguido está na cadeia.
Fonte: Correio da Manhã
Sem comentários:
Enviar um comentário