Militares prontos a sair à rua e a impor medidas em caso de estado de emergência - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 19 de março de 2020

Militares prontos a sair à rua e a impor medidas em caso de estado de emergência


Em apoio às forças de segurança e de proteção civil. É para isso que, desde há uma semana, as Forças Armadas se estão a preparar, antecipando o estado de emergência. Segundo apurou o CM, são perto de 5 mil os militares do Exército, Força Aérea e Marinha que podem ser mobilizados na primeira fase. No limite, podem socorrer as polícias na imposição das medidas. No primeiro embate vão fornecer equipas médicas, de descontaminação, engenharia e alimentação.

O CM sabe que foi aumentada a prontidão de unidades por todo o País. Mas n sua maioria os militares não foram chamados aos quartéis, uma vez que o cenário de pandemia desaconselha ajuntamentos. Apenas pontualmente isso aconteceu, para vistorias aos meios e colocá-los nas viaturas prontos a arrancar. Ainda ontem à tarde, em reuniões, estava a ser afinada a capacidade de "comando e controlo".

Ou seja, criar uma célula de decisão, com oficiais de ligação das forças de segurança e proteção civil para corresponder aos pedidos de "onde e quem" colocar no terreno. Fonte oficial da Ministério da Defesa Nacional adiantou ao CM que "não é possível antecipar o que vai ser decidido pelo Presidente da República", garantindo que, caso venha a ser solicitado, os militares "vão atuar como reforço das autoridades civis", e que o momento se vive com "a serenidade e prontidão habituais das Forças Armadas".  

Vários cursos que estavam a decorrer, como por exemplo de Comandos e Paraquedistas, foram suspensos devido à pandemia. Cerimónias foram todas canceladas. Kits de proteção individual foram distribuídos por algumas unidades que se pensa virem a ser chamadas na primeira fase. Uma delas é o Regimento de Apoio Militar de Emergência, de Abrantes. Também as forças no estrangeiro se estão a preparar. Usam proteção individual quando necessário, fazem controlo de temperatura à entrada das bases e foram reduzidas viagens e reuniões. Nos navios, as licenças foram restritas e as receções canceladas. Há quarentena para todos os que iniciem missão.

Polícias tiram pessoal do apoio
A GNR mandou ontem desafetar aos serviços administrativos e logísticos dois terços dos militares nessas funções para garantir o maior efetivo possível para o serviço operacional, apurou o CM. E ordenou ainda que deve ser mantido em reserva "o máximo efetivo", ficando nas unidades apenas os essenciais para responder a "futuras solicitações". A PSP está a preparar o mesmo. No total, são perto de 5 mil polícias. A GNR suspendeu o horário de referência semanal (passa a ser permitido o máximo de 12 horas/dia), "possibilitando o aumento do quantitativo de militares em gozo simultâneo de dias descanso e o acréscimo no número desses dias".

É flexibilizada a "percentagem máxima de militares no gozo de licença em simultâneo". Para apoio às famílias, a GNR determinou que não podem ser nomeados para o mesmo turno militares do mesmo agregado. A GNR mandou "fomentar a realização de teletrabalho em todas as tarefas que assim o possibilitem" e a "parcimoniosa e cuidada gestão de recursos humanos prioritariamente para a atividade operacional a fim de, a cada momento, só se encontrarem na unidade os militares absolutamente necessários".

Porto abre centro de rastreio no Queimódromo
O centro de rastreio da Covid-19 instalado no Queimódromo, no Porto, vai permitir a realização, numa primeira fase, de cerca de 400 testes diários, funciona sob marcação e em modelo de 'drive thru', ou seja, "através do carro". Os resultados serão depois enviados ao suspeito e às autoridades de saúde.

44 mil polícias na primeira linha
Também a PSP vai ter horários, turnos e folgas alterados para cumprir as determinações do estado de emergência. São os 44 mil homens e mulheres da GNR e PSP que vão estar no terreno para fazer aplicar a decisão, com apoio dos militares. Já há unidades em divisão de equipas para prevenir o contágio de operacionais - turnos de 12 horas durante 15 dias e depois trocam com aqueles em casa.
 Máscaras devem ser dispensadas em patrulha normal
A GNR informou ontem todos os militares que durante o "patrulhamento normal" não deve ser utilizada máscara de proteção individual. Exceto quando entram em contacto com pessoas com sintomas de infeção respiratória (tosse ou espirro), suspeitas de infeção por coronavírus ou pessoas que prestem cuidados a infetados com o vírus. Além da máscara, devem ser colocadas luvas descartáveis.

"Será a carolice de muitos a ajudar
"Principais sindicatos da PSP e GNR "estão apreensivos pela falta de equipamentos de proteção individual", mas garantem que "estarão na linha da frente para ajudar o País e os portugueses". "Será a carolice de muitos a ajudar."  

Efeito de 30% nas dormidas
Os países mais afetados pelo vírus (China, Itália, República da Coreia, França, Espanha, Alemanha e EUA) representaram 30% das dormidas em Portugal no ano passado. Na Área Metropolitana de Lisboa, representaram 37,5%, na Madeira 36,1%, nos Açores 32,6% e no Norte 32,3%.


PORMENORES
Exército suspende provas
O Exército suspendeu as provas de classificação e seleção, em Gaia e na Amadora, e a incorporação no 2º curso de formação geral, que começava ontem no continente e dia 25 na Madeira.  

Força Aérea salva vidas
A Força Aérea continua a salvar vidas. Nos últimos dias foi feito o transporte de dois doentes urgentes dos Açores para o continente e outro das Lajes (ilha Terceira) para Ponta Delgada (ilha de São Miguel).

Fonte: Correio da Manhã

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