Mãe de menina esquecida em carrinha escolar: "Ela acorda à noite com pesadelos" - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Mãe de menina esquecida em carrinha escolar: "Ela acorda à noite com pesadelos"


Criança de dois anos ficou oito horas em carrinha escolar, sozinha, sem comer nem beber. A mãe fez queixa na GNR e quer agora que se faça justiça. Menina acorda à noite com pesadelos.

"Nunca imaginei que isto pudesse acontecer. Foi negligência atrás de negligência". Lina Pereira ainda não consegue evitar o embargo na voz quando recorda o que se passou com a sua filha, de dois anos. A menina ficou esquecida oito horas na carrinha que a transportava à creche, às portas do Centro Paroquial de Assistência do Juncal (CPAJ), no concelho de Porto de Mós, e a direção da instituição só a informou do sucedido à noite. A mulher fez queixa na GNR e agora só pede que se faça justiça.

O caso passou-se na passada segunda-feira, mas só este sábado foi tornado público pela SIC. Em declarações ao JN, Lina Pereira explicou que a filha seguiu nesse dia na carrinha, com os dois irmãos mais velhos, que foram deixados na escola primária. 

A pequena Sofia, porém, ficou esquecida na viatura, sentada na cadeira de transporte e presa com o cinto de segurança. Esteve sozinha entre as 9 horas e as 17 horas, sem comer nem beber, e sem que ninguém na instituição desse por falta dela. Ao final da tarde, foi entregue em casa como se nada se tivesse passado. À mãe, a menina disse que tinha estado "todo o dia de castigo". E só à noite a direção do Centro Paroquial se deslocou a casa de Lina para explicar o sucedido, deixando-a incrédula.

"Ainda hoje a minha filha, que era alegre e tranquila, acorda com pesadelos e eu dou comigo a imaginar o que ela passou naquelas oito horas", desabafou, acrescentando esperar agora por justiça, por considerar que um caso como este "não pode ficar impune".

Lina Pereira já retirou a filha da creche e abdicou do transporte para os outros dois filhos, passando ela a levá-los à escola. Mas a sua indignação tornou-se ainda maior, quando no dia a seguir ao "esquecimento" a Sofia não foi à escola "e ninguém telefonou a perguntar por ela e se estava bem". Na passada quarta-feira, reuniu-se com a direção do CPAJ, onde lhe foi disponibilizado apoio psicológico, mas sentiu uma certa "falta de humanismo" pela forma como estavam a lidar com o caso e decidiu apresentar queixa às autoridades policiais, o que fez no dia seguinte.

O JN tentou obter uma reação do CPAJ, foi informado que iria ser emitido um comunicado.

Segurança Social vai averiguar

O Instituto da Segurança Social informou não ter conhecimento da situação, mas fonte oficial da instituição adiantou ao JN que os técnicos do Centro Distrital de Leiria vão deslocar-se na próxima segunda-feira ao Centro Paroquial do Juncal (CPAJ) para recolher informações. A Câmara Municipal de Porto de Mós também já pediu uma reunião urgente com a direção do CPAJ, por ter ficado preocupada com o sucedido, apesar de ter ocorrido numa instituição particular, disse ao JN o presidente da autarquia, Jorge Vala.

Fonte: JN

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