No mesmo dia em que o Governo apresentou o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, que vai determinar a política para a prevenção e combate aos incêndios até 2030, o Observatório Técnico Independente divulgou um relatório em que demonstra que as metas definidas pelo Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI) entre 2006 e 2018 não foram atingidas.
De acordo com o documento, em quase todos os anos foram ultrapassados os limites de área ardida, número de ignições, número de reacendimentos e até de fogos com duração superior a 24 horas.
O próprio Observatório afirma que houve dificuldade em consolidar estes dados uma vez que "inexplicavelmente não existe informação pública sobre avaliações do PNDFCI a partir de 2012, que deveria ser disponibilizada pelo ICNF".
O Observatório acusa ainda a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) de não ter cumprido a resolução do Conselho de Ministros que determinava a elaboração do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR) até 21 de janeiro de 2019.
"No entanto, o Observatório desconhece até à data da publicação deste documento a proposta do PNGIFR", lê-se no relatório.
Esta quinta-feira, o PNGIFR foi apresentado pelos ministros do Ambiente e da Administração Interna, que anunciaram um investimento de 554 milhões de euros por ano para reduzir para metade a área ardida na próxima década, num total de seis mil milhões de euros. Deste valor, 60% serão aplicados em prevenção e 40% no combate aos incêndios.
O Governo garante mais meios, maior especialização e mais qualificações.
Fonte: Correio da Manhã
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